“Se criticar o Judiciário, olha no que pode dar. Isso é abuso de poder”, protestou Hoffmann
Uma denúncia sobre a devassa do Poder Judiciário tem sido feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados nos últimos meses. As queixas de perseguição pela Justiça têm sido frequentes entre os políticos conservadores, contrastando com a indiferença demonstrada por Lula e seus apoiadores em relação a esse fenômeno, frequentemente interpretado como ativismo jurídico dos magistrados.
Desta vez, um deputado do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), Glauber Braga, do Rio de Janeiro, foi atingido pela espada da Justiça. Foi aplicada uma multa de R$ 1 milhão por ele ter promovido um ato em solidariedade à deputada Marina do MST (PT) em Lumiar, Nova Friburgo (RJ), apesar da liminar do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) que proibia a manifestação, argumentando que o local não apresentava “dimensões urbanas” adequadas para o evento.
Apesar de o deputado ter comparecido ao local no último domingo (27), que era a data programada para o evento, a manifestação não ocorreu. Segundo o relato do parlamentar ao jornal O Globo, ele esteve lá para “conversar com as pessoas que não tinham sido informadas sobre o cancelamento”. A manifestação tinha sido convocada em resposta à agressão sofrida pela deputada Marina do MST durante uma plenária em Lumiar. O juiz responsável pela decisão é Sérgio Roberto Emilio Louzada.