Vida

Antes de Adão, a terra foi habitada pelos animais. Os dinossauros viveram e se extinguiram bem antes de a espécie humana surgir. Portanto, nos animais, existe uma cultura entre eles, muito mais antiga do que os humanos e, com certeza, os grandes filósofos chegaram a certas conclusões observandos os seus dia a dia. Devemos, e muito, respeitarmos os animais.

– Já vem você! Aposto que será assunto para mais um ” A vida como ela é…”

– Como você sabe? Quero chegar lá!

Certa vez, no meu curso de direito, a professora Conceição, de direito penal, nos pediu para lermos o livro ” exploradores de caverna” para que fizéssemos um juri simulado de acordo com o que estava escrito no livro.

– o livro é sobre o quê? Houve um crime entre os dinossauros?

– Não! Mas é sobre um crime entre os homens.

O livro relata um caso de uns exploradores de cavernas que, ao sairem para uma expedição dentro de uma caverna foram surpreendidos por uma grande explosão e, os mesmos foram soterrados, pois, a entrada da caverna, foi coberta de destroços, impossibilitando a saída dos exploradores. Com os rádios de comunicação, falaram pedindo socorro, mas obtiveram como respostas que, o prazo para a retirada dos escombros, iria demorar e as provisões de águas e alimentos em seus poderes não dariam para as suas sobrevivências, mas que, iriam trabalharem o máximo para tentarem a salvação dos mesmos, ou seja, a morte era certa.

– meu Deus! Dentro de uma caverna sem saida, sem alimentos e águas?

– Sim!

Ao acabarem as provisões e, com muita fome e sede, o lider ali dentro, propôs que se fizesse um sorteio entre eles e que, aquele que fosse sorteado, seria morto em prol da sobrevivência dos outros.

– Bem animal!

– pois é!

O que propôs o sorteio foi o sorteado. Os outros amigos o mataram e o comeram. Foram salvos se alimentando do amigo.

– Que horror! Houve um crime!

– Você os absolvem ou os condenam?

No júri simulado fui advogado de acusação. No dia do júri, peguei uma formiga, uma tanajura e a coloquei dentro de uma caixa de fósforo, mas com o cuidado de fazer vários buraquinhos para não matar a formiguinha sufocada. Falei sobre a vida e, como exemplo, abri a caixa e mostrei uma vida, pequenina, mas com muito vigor. Soltei-a e começou a andar pela sala. Logo após, falei sobre a morte e ameacei matar a formiguinha para exemplificar. Peguei um apagador para matá-la, mas só ameacei dizendo que, nem uma formiga tinha coragem de matar, pois ali, existia muita vida, quanto mais a vida de um amigo, mesmo que fosse para a minha sobrevivência.

– Aposto que ganhou o júri!

– Sim! Valeu o argumento!

Nunca devemos tirar uma vida. Nem de uma formiginha…

Guto Sardinha