Ex-presidente da Associação de Moradores da Malvinas e a esposa foram executados no último fim de semana. A Polícia Civil investiga o crime
Um casal foi morto a tiros no último final de semana em Macaé. O que chama mais a atenção é que o homem era um líder comunitário da comunidade da Malvinas. Ele e a mulher foram executados, e agora a Polícia Civil trabalha para descobrir os autores desses homicídios.
Uelliton da Silva de Souza morreu com 12 tiros, no último sábado (30), por volta de meio dia, no distrito de Bicuda Grande, na região serrana de Macaé. Marluane Moreira, de 28 anos, foi executada um dia depois, na noite do último domingo (1°), por volta de 20h30min, na Rua Joaquim Alberto Brito Pinto, no bairro Aroeira.
No Instituto Médico Legal (IML) de Macaé, o pai de Marluane, João Moreira, estava desconsolado, e afirmou que não sabia o motivo do crime, mas acredita que a filha foi executada por homens integrantes do tráfico de drogas.
Uelington era conhecido como ‘Juvenal’ e Marluane, como ‘Branca’. Eles moravam na comunidade da Malvinas, onde Juvenal atuou como líder comunitário, na Associação de Moradores.
Em maio deste ano, Juvenal anunciou a saída da presidência e se despediu com uma mensagem nas redes sociais. Ele agradeceu aos moradores que votaram na chapa, aos que não votaram e aos que abriram os olhos dele.
Juvenal foi sepultado no domingo (1°), às 11h30min, e nas redes sociais Marluane falou sobre o assassinato e desabafou. Ela escreveu: “Ao ver o desespero dos filhos chamando pelo pai percebi que não existe amor ao próximo e que o Senhor abençoe meus filhos do mal desse mundo”, declarou.
Marluane foi morta a tiros duas horas depois da publicação. O crime aconteceu em uma das ruas mais movimentadas do bairro Aroeira. Segundo testemunhas, ela tentou fugir dos bandidos, mas foi alcançada. Os bombeiros foram acionados pelos moradores, mas Marluane não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
A execução do casal é um mistério que intriga a Polícia Civil de Macaé. Há a suspeita de que Juvenal teria sido expulso da comunidade da Malvinas por desavenças com o tráfico de drogas, e por isso, deixou o cargo de presidente da associação. Segundo informações, Marluane estava residindo no Morro de São Jorge e Juvenal na região serrana de Macaé. O casal deixa oito filhos.