Impactados pelas restrições impostas pelo COVID-19, comércio e segmento offshore avaliam danos ao apostarem em fase de retomada
Ainda em meio às incertezas sobre os danos causados pelas restrições impostas pelo Coronavírus, dois dos principais pilares da economia de Macaé apostam no espírito de superação para buscar saídas que aliviem o cenário de recessão iminente.
Com a certeza de que a redução das atividades comerciais no Brasil e no mundo impõe uma nova realidade sobre a expectativa de consumo da população, as lideranças que representam essas instituições apostam verdadeiramente na capacidade de Macaé se reinventar, da mesma maneira que encarou outras crises recentes.
Em carta aberta direcionada ao povo macaense, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM), Francisco Navega, expressa as dificuldades encaradas pelo setor-matriz da economia da cidade. Entusiasta da nova dinâmica comercial baseada no poder de alcance da internet, ele explica que a sobrevivência dos empresários depende de um diálogo franco com o poder público, da busca pela modernização das operações e também pela confiança que a união de forças garante a superação.
“Vivemos um cenário complexo a nível mundial. Mas já enfrentamos outras crises e conseguimos vencê-las. Hoje, as atividades econômicas dependem da união de forças de todos nós que acreditamos na superação”, avalia Navega.
Desde o início das restrições que definem o isolamento social foram determinadas em Macaé, a ACIM estabeleceu medidas para ajudar os empresários associados a encarar o momento difícil. Além de impulsionar a venda por delivery, estratégias de marketing foram lançadas para garantir que a manutenção do estímulo de consumo via telefone e sistemas de entrega.
“Agora é a hora da força do associativismo. Não importa a minha situação como empresário, se o meu parceiro está em dificuldade. A economia é uma engrenagem viva, que depende de cada um de nós. A ACIM busca na força da sua essência para enfrentar esse período ao lado dos seus associados, de todos os empresários e de Macaé”, afirma Francisco Navega.
Segmento offshore solidário
Também afetado pelas restrições, o desafio de recuperação do setor de óleo e gás encara ainda expectativas e variáveis do campo internacional, que pressionam decisões a serem tomadas no cotidiano do principal pilar da economia local.
E através do diálogo, ações conjuntas foram estabelecidas com o poder público que ajudaram a manter operações essenciais ao cotidiano das unidades de produção na Bacia de Campos.
“Estamos atentos ao comportamento do mercado internacional, mas especialmente permanecemos ao lado de Macaé, que é a nossa essência de trabalho. Conseguimos encontrar o caminho do diálogo e nos colocamos a disposição do poder público municipal para investir em medidas que possam assegurar a vida dos nossos colaboradores e de toda a população. Estamos certos de que tudo isso vai passar”, afirma Gilson Coelho, secretário executivo da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo (Abespetro).