Quando foi anunciado projeto que extingue cerca de 1200 municípios com menos de 10 mil habitantes, a decisão ganhou aplausos da sociedade que enxerga no parlamento e nas empresas estatais, um número maior de cargos comissionados do que de funcionários efetivos e, de cabo a rabo, num efeito cascata, a notícia que se tem e vem se alastrando é a tal da “rachadinha”. Ou seja, o eleito nomeia uma penca de pessoas de seu interesse direto para cargos comissionados e, na hora do saque no banco, racha o capital com os ocupantes de cargos eletivos. E olha que essa praga se espalha por todos os lugares do país. Caso o parlamento aprove a extinção dos 1254 municípios anexando-os a outros mais importantes, serão menos 11.286 vereadores, 10 mil prefeitos, 10 mil vice-prefeitos, mais milhares de secretários municipais, puxa… os números vão longe.
Se continuar dessa maneira e forem criados outros municípios em vez de serem extintos, a conta para a população pagar vai ficar mais alta. Mas como estamos em ano eleitoral, dificilmente o Congresso vai aprovar a matéria, embora ela seja de grande interesse público. Tem cidades que andam no vermelho, vivem do Fundo de Participação dos Municípios que mal dá para pagar a vereadores e prefeito, quanto mais para investir em educação, saúde, saneamento e outros setores para o bem da comunidade. E por falar em “rachid”, o senador Flavio Bolsonaro acusado pelo MP do Rio de Janeiro de movimentar cerca de 1,2 milhão, é suspeito da prática, mas a lista de suspeitos na Assembleia Legislativa é grande, começando pelo presidente André Ceciliano (PT), que movimentou cerca de R$ 49 milhões, seguido de outros em valores maiores do que o do senador. Que é um caso sério, é. Macaé já provou desse remédio amargo.
Grana e sola de sapato
As eleições municipais estão cada vez mais próximas e, com o fim das coligações partidárias, quem desejar concorrer para o cargo de vereador, vai ter de gastar muita grana e andar muito, gastando sola de sapato para atingir o objetivo, o que não vai ser fácil. Pelos rumores nos meios políticos, a reeleição dos atuais detentores de mandato, não vai ser fácil e já tem viralizado pelas redes sociais foto de algum figurando como “demitido em 2020”, deixando assustados outros habituados a imaginar que tudo é fácil. Igual no Estado e em Brasília, após eleitos, todos esquecem dos compromissos de campanha, viram as costas para a população, e só quando chega o fim do mandato, começam a mostrar as unhas para dizer que existem.
Tem muitos acreditando que o fenômeno digital que elegeu o presidente dos Estados Unidos e, também, causou ruptura no Brasil elegendo Jair Bolsonaro, vai acontecer outra vez. Como o abuso foi grande e o caso de alguns se tornou escandaloso, o Facebook, por exemplo, já recebeu multas bilionárias a nível mundial e no Brasil, o Ministério da Justiça fixou uma multa de R$ 6,6 milhões, devido ao compartilhamento de informações de brasileiros.
Essa multa, porém, lavrada em uma investigação em andamento, é parte da mais escandalosa invasão de privacidade já feita na era da internet, com a intenção, bem-sucedida, de manipular eleitores. Não é à toa que o Tribunal Superior Eleitoral está debruçado em cima de uma resolução para as eleições deste ano, regulamentando o uso das redes sociais. Serão tantas as informações fakes, que vai ficar difícil para apurar as denúncias que forem investigadas. Como todo cuidado é pouco, é bom os candidatos mais ousados em desobedecer a legislação irem se preparando com uma boa banca de advogados porque não vai ser fácil para ninguém escapar até porque as denúncias serão feitas, também, pela internet.
PONTADAS
O período de festejos de fim de ano, pelo que se viu e ouviu, foi de festas para os bares, restaurantes e a rede hoteleira. O CV&B calcula que cerca de 100 mil pessoas acorreram à Praia dos Cavaleiros para assistir a queima de fogos e curtir a confraternização universal. O prefeito, por sua vez, acompanhou de perto todo o esquema de segurança até o atendimento à população que entrou em 2020 com o pé direito.
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Outro fato que marcou a gestão de Dr. Aluízio foi a decisão dele de inaugurar antes do fim do ano, o Hotel de Deus, situado na Linha Azul. O local foi transformado num centro de convivência ao idoso e o projeto é ousado. Em nenhum lugar do estado, pelo menos até agora, se teve notícia da prática de assistência aos necessitados de maioridade. Além de 215 apartamentos, salões de eventos e restaurante, uma extensa área de 10 mil metros quadrados completa o complexo.
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E ainda tem vereador que é contra, grita contra, faz críticas contra… Vai ver, só deve se preocupar com os mais jovens, esquecendo que um dia, ele poderá chegar a precisar de um cantinho para repouso. E aí vai lembrar que foi Dr. Aluízio que teve a ideia e inaugurou o Hotel de Deus. Sim, Glória a Deus nas Alturas.
Até domingo.