Teatro Sesi Macaé realiza dois espetáculos esta semana: show de Paulo Miklos nesta quinta-feira (12) e a peça infantil ‘M’Boiguaçu – A Lenda da Cobra Grande’ na sexta-feira (13)
Esta semana é de festa no Teatro Sesi Macae, que traz uma programação repleta de boas atrações artísticas neste mês de abril. Assim, a programação de abril do Teatro do Sesi é aberta com o show de Paulo Miklos. A apresentação acontecerá na quinta-feira (12) às 20h. Os ingressos custam R$ 34 (inteira) e E$ 17 (meia). A classificação etária é de 16 anos.
A na sexta-feira, uma produção especial promete divertir a criançada. É a peça infantil ‘M’Boiguaçu – A Lenda da Cobra Grande’, que acontece no Teatro do Sesi Macaé, numa realização da Tibicuera e Companhia. O espetáculo acontecerá às 16h, apresentando uma lenda que simboliza o extermínio sos Índios Guaranis. Os ingressos custam R$ 12 (inteira) e a classificação etária é livre. Os interessados devem adquiri-los na Bilheteria do Teatro do Sesi Macaé, que fica na Alameda Etelvino Gomes, 155 (Bairro Riviera Fluminense).
Neste espetáculo, Paulo Miklos faz um mergulho na música brasileira e acaba de lançar o que considera, de fato, seu primeiro trabalho individual na música. Gravado entre março e abril de 2017, ‘A Gente Mora no Agora’ é calcado no violão de náilon, explora profundamente o universo da música popular brasileira, terreno em que Miklos sempre.
A banda que acompanha Paulo Miklos une gerações e escolas estéticas. Além das baterias de Pupillo, as faixas do álbum contam com o baixos do mitológico Dadi Carvalho (Novos Baianos, A Cor do Som, Tribalistas), os teclados de Mauricio Fleury (Bixiga 70) e os violões de Everson Pessoa (ex-Quinteto em Branco e Preto), além de diversas intervenções do multi-instrumentista Apollo Nove (Rita Lee e Planet Hemp). O disco foi mixado em Los Angeles por Mario Caldato Jr., produtor de álbuns dos Beastie Boys e Jack Johson, entre outros.
Ao longo de sua carreira, Paulo Miklos se tornou muitos artistas ao mesmo tempo. Na via principal, construiu uma sólida personalidade como cantor e compositor, sobretudo nos 34 anos em que integrou os Titãs, banda de que foi cofundador em 1982. Ali, Miklos se tornou o intérprete de clássicos absolutos do rock brasileiro. Ele é a voz de “Sonífera Ilha”, “Bichos Escrotos”, “Diversão” e até de canções alheias, como “É Preciso Saber Viver”, que ganhou nova vida a partir da releitura feita por ele em 1998. Seu timbre inconfundível é, desde então, parte da memória afetiva nacional. Na via paralela, Paulo Miklos ergueu uma já consagrada carreira como ator – no cinema, na televisão e no teatro. Apresentou programas de TV, foi jurado de reality show, fez tudo o que quis – e foi bem-sucedido em todas essas investidas, pelas quais ganhou prêmios e prestígio.
A Peça Infanto-juvenil, M’boiguaçu – A Lenda Da Cobra Grande simboliza o extermínio dos índios guaranis. Surgiu com o término das Missões Jesuíticas no Rio Grande do Sul. Atravessou o tempo na boca do povo dizendo que na guerra contra os invasores, os índios, comandados por um grande guerreiro Sepé Tiaraju, lutaram bravamente, mas acabaram sendo vencidos.
Por consequência, o mato foi crescendo e avançando, invadindo a Missão de São Miguel, até chegar a Cobra Grande. Diz a lenda, que as manchas escuras que se percebem na frente das ruínas de São Miguel, até hoje, são a gordura da cobra que escorreu pelas paredes do Templo.
A peça infanto-juvenil M’boiguaçu – A Lenda Da Cobra Grande não pretende ser uma reconstituição fiel da lenda, descrita no livro Rodeio dos Ventos do escritor Barbosa Lessa. O adaptador, o dramaturgo Carlos Carvalho, apenas partiu da ideia para escrever o texto. A peça pretende estimular a criatividade da criança, pô-la a par de um tema regional, através do qual poderá perceber que não se pode alimentar o mal, sob pena de sermos destruídos por ele.
Denunciar também para estudantes e educadores e o público em geral que uma cultura foi praticamente destruída juntamente com seus habitantes e que outras estão seguindo o mesmo caminho, pois a Cobra Grande continua solta.
Ficha técnica
* Adaptação Carlos Carvalho
* Direção Julio Cesar Saraiva
* Figurinos Fernando Zimpeck
* Música Ricardo Bordini
* Fotos e Iluminação Bruno Cruz
* Produção Ludoval Campos
* Realização Tibicuera e Companhia
* Elenco: Ludoval Campos / Marcela Coelho / Otávio Reis