Longe de cavar acordos que inviabilizem a independência entre os poderes, o governador Wilson Witzel (PSC) tenta não exercer influência sobre a eleição da presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Inteligente, ele tenta superar uma velha prática política do “toma lá, dá cá”, que se mantém nas prefeituras do interior. E Macaé não é diferente. Hoje, são cinco vereadores que possuem indicação direta em secretarias. E um parlamentar é secretário.

Privilégios

A “nova safra” de vereadores que irão assumir cadeiras no plenário da Câmara em fevereiro também busca espaço para compor a bancada governista e, em troca, ter acesso a privilégios do secretariado. Na onda de Welberth Rezende (PPS), poucos querem cargos, mas sim o acesso às máquinas de limpeza e os caminhões de asfalto, atendendo assim demandas de bairros e comunidades onde estão os votos.

Recados

Em menos de 15 dias de governo, o presidente Jair Bolsonaro (PSC) já deu dois recados importantes, e que precisam ser ouvidos por Macaé. O primeiro foi a defesa pela concessão dos aeroportos administrados pela Infraero, entre eles o da cidade. E o segundo foi a ordem de que a sociedade precisa cobrar de “prefeito e vereador”, a responsabilidade por investimentos em segurança pública. E o povo aplaude o discurso.

Desequilíbrio

Alguém pode explicar como a arrecadação de Macaé, de R$ 2,5 bilhões em 2018, retrocede ao passado e torna o município, mais uma vez, dependente das receitas do petróleo? Com o ritmo de crescimento dos repasses dos royalties e da Participação Especial, a cidade somará mais repasses do que receitas próprias, que asseguram a folha de pagamento e os investimentos constitucionais em Saúde e Educação. A crise não é mais a justificativa!

Baixas

Com duas baixas significativas na secretaria de Infraestrutura, o governo municipal vai precisar correr contra o tempo para licitar e iniciar 10 obras anunciadas no ano passado. A primeira já começou a acontecer, que é a reforma do Ginásio Poliesportivo. Antiga, a urbanização da Glória já dura três anos, com previsão de conclusão até o final de 2019. Faltam postos de saúde, escolas, Santa Tereza e saneamento. Será que vai dar tempo?

Aeroporto

A virada do governo federal provocou influência sobre as obras de reforma da pista do Aeroporto de Macaé. Concluída, a intervenção ainda precisa de reparos finais, que não estão sendo realizadas. A ordem “de cima” para a atual superintendência do Aeroporto é silêncio total. A Azul, empresa aérea de voos regionais, aguarda notícias para que possa planejar o retorno do itinerário Macaé-Rio. Mas as negociações seguem suspensas.

Feira

Já a Reed Exhibitions Alcântara Machado montará um QG (Quartel General) em Macaé, nos próximos dias, para iniciar da cidade todos os preparativos necessários para a realização da 10ª edição histórica da Brasil Offshore. Com o aumento de empresas que irão participar do pavilhão de expositores, a feira terá uma representatividade ainda maior das grandes operadoras do petróleo, marcando assim o novo ciclo de Macaé e do mercado de óleo e gás.

Praias

A democracia da praia permite que qualquer pessoa, independente da condição financeira, possa curtir as belas águas do litoral macaense. Porém, as regras de educação e ordem valem para todos, especialmente no que diz respeito ao descarte adequado de lixo. A secretaria de Mobilidade Urbana tem intensificado a fiscalização nas ruas de Cavaleiros, onde as reclamações sobre estacionamento em locais proibidos só aumentam.

Infestação

A infestação de mosquitos afeta, mais uma vez, moradores de áreas próximas a canais, como o Macaé-Campos, e vegetações que há tempo não passam por podas. No Parque Aeroporto e na Vila Badejo, a situação piora com o verão, já que o clima quente é propício à proliferação dos insetos. O medo de contaminação das doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti faz com que as famosas raquetes elétricas entrem em operação. Mas não são suficientes para acabar com os transtornos.