Estabelecimentos comerciais tiveram que encerrar o expediente na tarde de quarta-feira (24), após ordem de traficantes do bairro
A tarde de quarta-feira (24) não foi nada fácil para moradores do bairro Ajuda de Baixo e Ajuda de Cima, em Macaé. Quem precisou pegar o transporte coletivo para ir ou voltar do trabalho, por exemplo, enfrentou dificuldades. Segundo moradores, por determinação de traficantes, as linhas de ônibus foram reduzidas nesses bairros, após a ‘guerra’ do tráfico que vem sendo registrada desde o último domingo (21), quando bandidos de outra facção rival vêm efetuando vários disparos de arma de fogo contra os moradores.
Posto de Saúde da Família, supermercados, açougues, entre outros, tiveram que fechar as portas por volta de uma hora da tarde. O medo tomou conta dessas localidades, e quem dependia do transporte público teve que ter paciência.
A equipe de reportagem do jornal O DEBATE conversou por telefone com uma moradora do bairro Planalto da Ajuda, e segundo ela, o clima é tenso e de muito medo. “Eram 12h50, quando a Polícia Militar entrou no bairro, em patrulhamento para verificar a denúncia do toque de recolher e combater ações do tráfico de drogas. Após verificar a veracidade, a polícia constatou o fato de briga de facção criminosa dentro dos bairros”, relatou a moradora, que foi até a escola do filho para levá-lo para casa.
Ainda de acordo com ela, traficantes ameaçaram atirar nas pessoas que insistissem em ficar com os comércios abertos no bairro.
A audácia dos criminosos chamou atenção das autoridades e da população após circulação de fotos se espalharem pelas redes sociais, onde traficantes rivais dão ordem aos moradores para fecharem os estabelecimentos comerciais.
O jornal O DEBATE entrou em contato com a assessoria de comunicação da Prefeitura de Macaé que informou que a segurança pública é de competência da Polícia Militar do 32° Batalhão de Polícia Militar.
Ao ser questionado sobre o toque de recolher, o comandante do 32° BPM, tenente-coronel Rodrigo Ibiapina, informou que as viaturas estão espalhadas pela cidade e disse que não pode obrigar os comerciantes a abrir as portas dos estabelecimentos.