Matéria defendida por Marcel criou dúvida entre vereadores durante a sessão de ontem
O risco de censura aos veículos da imprensa da cidade levou ontem (16) a retirada de votação, do projeto de lei que estabelece critérios para a criação do Conselho Municipal de Comunicação. A matéria chegou a ser defendida pelo vereador autor, que chegou a considerar o Conselho como uma ferramenta de controle e de combate a fake news.
“Esse momento que vivemos vale muito para tratar do contexto que estamos vivendo. Estamos em eleições marcadas por uma característica clara: as notícias mentirosas. E os grandes veículos de comunicação criaram mecanismos para tratar da fake news. Uma enxurrada de informações mentirosas que atacam todos os candidatos”, defendeu Marcel.
No entanto, a criação do Conselho gerou preocupação quanto ao trabalho e ao poder desempenhado pelo grupo, com chances de regulamentação das mídias, algo que se aproxima da censura. “Como membro da imprensa, como jornalista e radialista, eu queria entender se isso não é censura, para poder dizer o que os veículos de comunicação podem ou não podem divulgar. Como o senhor mesmo disse, os grandes veículos criaram os seus próprios sistemas de apuração da fake news. Não precisou de um conselho para definir isso.
E me preocupo também com a formação deste Conselho, quem vai definir o que pode ou não pode”, apontou Robson Oliveira (PSDB), que sugeriu a retirada da matéria para melhor compreensão.
Paulo Antunes (MDB) também defendeu a retirada do projeto de lei, para que seja analisado com mais cautela pelos parlamentares. A previsão é que o projeto seja discutido e votado na próxima semana.