Mariana Naime expressou sua surpresa com o andamento do processo, destacando a ausência de provas concretas contra seu marido e os obstáculos enfrentados para a defesa, como a dificuldade de habilitação do advogado nos autos.

Em entrevista concedida ao jornalista Alexandre Pittoli da Rádio Auriverde Brasil nesta quarta-feira (10), a esposa do Coronel Naime, da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), preso pelo Ministro Alexandre de Moraes, compartilhou dificuldades e violações dos direitos do marido. Desde fevereiro de 2023, a família enfrenta desafios significativos, incluindo a falta de acesso adequado aos autos do processo e a não habilitação do novo advogado, o que, segundo ela, contraria as normas legais.

Mariana Naime expressou sua surpresa com o andamento do processo, destacando a ausência de provas concretas contra seu marido e os obstáculos enfrentados para a defesa, como a dificuldade de habilitação do advogado nos autos. Revelou também o impacto emocional causado pela morte trágica de um amigo próximo da família e ex-colega do Coronel Naime.

Ela questionou a consistência das decisões judiciais, citando a liberação recente de outros oficiais presos em circunstâncias similares, enquanto seu marido permanece detido. A família acredita enfrentar uma luta árdua e, muitas vezes, infrutífera, para provar as irregularidades do processo, apesar das provas robustas apresentadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) que apontam para a nulidade do mesmo.

Mariana Naime relatou dificuldades financeiras para manter os 6 filhos da família e pediu doações através do pix 010.363.961-69.

O Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto é formado em direito e segurança pública pela Academia de Polícia Militar de Brasília, tem experiência em direito administrativo, penal militar e penal, com atuação em contratos administrativos, licitações e convênios federais. Condecorado com a Medalha da Ordem dos Cavaleiros de Rabelo e a Ordem de Rio Branco, além de uma medalha por 10 anos de serviços prestados. Naime, ex-comandante de Operações da PMDF, foi investigado pela Corregedoria após os atos de 8 de janeiro, quando estava de folga mas atuou de emergência. Foi preso por ordem de Alexandre de Moraes na Operação Lesa Pátria que investiga os envolvidos nos atos de invasão dos Três Poderes em Brasília. 

Por portal Novo Norte