Atleta bicampeão da Seleção Macaense de Futebol Amador faleceu e merece homenagem

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    Geraldo Cara Suja, como era conhecido entre os companheiros de trabalho e de esporte, uma pessoa íntegra que mereceu os aplausos dos seus companheiros antigos de trabalho e, também, dos que o admiravam pelo seu jeito humilde de tratar igual às pessoas, faleceu. Para quem conheceu, foi uma pessoa íntegra, sempre participando de ações sociais. O “cara suja”, apelido pelo fato de sair da oficina mecânica do Rápido Macaense com as roupas e mãos com manchas de óleo ou graxa, se destacava pelo fato de estar presente nos treinos do antigo Macaé Futebol Clube.

    Destacando-se na defesa, ao disputar os antigos clássicos do futebol amador quando Fluminense, Ypiranga, Nacional, Atlético, Macaé e outros clubes que desfilavam no campeonato macaense de futebol amador, promovido pela Liga Macaense de Desportos, presidida em 1965 por Joaquim Amaral, tendo Luiz Pinheiro como vice e repórter esportivo da Rádio AM 829, Geraldo se consagrava como defensor e junto com Joel Garcia, Zé Macaco, Chaminé, Nier como goleiro, fez história ao conquistar o campeonato Fluminense de futebol amador.

    Junto com George, Elmo Sodré e Zé que Não Dança, entre outros festejados, Geraldo Csra Suja era mais retraído. Um dente de ouro na arcada dentária quando sorria, mostrava sua riqueza interior, so contrário de outras pessoas vaidosas.

    Encerrado o período de trabalho na empresa, acabou se tornando comerciante e, na descida do morro do viaduto sentido Praia Campista-cidade, abriu um bar que acabou sendo conhecido como “Pé na cova”, porque, quando os frequentadores saiam trôpegos, poderiam ser atropelados e mortos.

    Com o tempo, a mudança da cidade se tornando capital do petróleo, o crescimento afastou as pessoas mais antigas e somente encontros casuais reuniam os saudosistas relembrando figuras importantes da vida Macaense, dentre os quais, Geraldo Cara Suja era lembrado.

    Foram tempos de Glória, e um torcedor entusiasta, o médico Marcos Darlan Cure não cansa de lembrar os bons momentos daqueles que fizeram de Macaé um celeiro de bons profissionais não só no futebol, mas em todos os segmentos sociais.

    O sepultamento de Geraldo Cara Suja ocorreu às 12 horas no Cemitério de Santana, depois de velado na capela do Memorial da Igualdade.