A Meta, empresa dona das plataformas Facebook e Instagram, anunciou nesta terça-feira que vai encerrar seu programa de verificação de conteúdo nos Estados Unidos. O anúncio foi feito pelo próprio Mark Zuckerberg, que afirmou que a gigante das redes sociais passará a adotar um sistema de “notas da comunidade”, inspirado nas funções do X (ex-Twitter). O CEO destacou que a medida visa proteger a liberdade de expressão e mudar a forma como a plataforma lida com a moderação de conteúdo.

Atualmente, a AFP realiza verificações de conteúdo em 26 idiomas para a Meta, com a ajuda de cerca de 80 organizações de todo o mundo. A empresa paga para utilizar esses serviços de verificação, mas com a nova proposta de Zuckerberg, o controle sobre as informações será descentralizado. Em vez de confiar em empresas externas, a Meta pretende permitir que a comunidade decida por meio de avaliações feitas pelos próprios usuários.

Em sua fala, Zuckerberg não escondeu seu posicionamento sobre censura em redes sociais. Além disso, o fundador da Meta expressou apoio ao governo de Donald Trump, mencionando que trabalhará com ele para combater censuras impostas por outros países.

Em um tom de crítica, Zuckerberg afirmou que “os países latino-americanos têm “tribunais secretos” que podem ordenar que as empresas retirem as coisas silenciosamente”, se referindo a pressões externas sobre a remoção de conteúdo, em uma clara referência às ordens de censura do Ministro do STF, Alexandre de Moraes.