Ministros do TST e advogados próximos a Lula tentam evitar nomeação de advogado ligado a Lira, preocupados com as repercussões políticas.
O Tribunal Superior do Trabalho (TST) se torna, nesta segunda-feira(22), um campo de batalha para a guerra entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara, Arthur Lira. A eleição para definir a lista tríplice de candidatos a ministro, vaga anteriormente de Emmanoel Pereira, ocorre em um momento de forte tensão política.
Essa eleição ganha contornos dramáticos com a possível inclusão de Adriano Costa Avelino, advogado de Lira, entre os indicados. Em 2016, Avelino fez declarações contundentes contra Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff, o que agora ressurge como um ponto de atrito. Ministros do TST e advogados próximos a Lula tentam evitar sua nomeação, preocupados com as repercussões políticas.
Segundo publicado pelo jornalista Eduardo Gayer no Estadão, fontes ligadas ao governo indicam que a indicação de Avelino poderia agravar ainda mais a relação já estremecida entre Lula e Lira, destacando a eleição como uma extensão das disputas de poder que permeiam o governo.
Em defesa de seu advogado, Lira o classificou como um “excelente advogado” e seu “amigo”, rejeitando a politização da sua atuação. Avelino, por sua vez, sustenta que sua profissão é separada de suas opiniões políticas.
A disputa inclui também outras figuras notáveis como Emmanoel Campelo de Souza Pereira e Antonio Fabrício de Moratos Gonçalves, demonstrando que a escolha é carregada de influências políticas que refletem as profundas divisões dentro do cenário nacional atual.
Por portal Novo Norte