Possíveis mensagens de criminosos postadas pela internet ascendem alerta, e Polícia Militar garante segurança na cidade
A disputa territorial entre duas facções rivais que protagonizam diariamente intenso confronto nas comunidades de Macaé, criminosos usam a rede social para divulgar possíveis ataques nos bairros da cidade. Traficantes do Comando Vermelho (C.V) chegaram a postar um aviso de ameaça sobre guerra, após bandidos da facção Amigo dos Amigos (A.D.A.) executar e mutilar a cabeça e dois braços de um jovem de 18 anos, na última segunda-feira (25).
A mensagem circula pelas redes sociais e pelo whatsapp, onde os traficantes da Favela da Linha afirmam que, somente criança e idosos serão perdoados, e que o ‘Trem bala’ (bandidos em moto) vão efetuar vários disparos de arma de fogo no bairro Aroeira. Os traficantes comentam ainda, que o local vai virar ‘praça’ de guerra (Praça do Ciep da Aroeira).
Integrantes do tráfico da facção A.D.A. rebatem a mensagem e afirmam: “Vocês não oferecem nenhum tipo de perigo para a nossa facção. E referente aos moradores da comunidade de vocês, não iremos fazer o mesmo, pois a nossa ‘guerra’ é com quem é envolvido. Vamos acabar com essa onda de esculacho contra os moradores, onde todos terão direito de ir e vir”, postou um dos traficantes da facção criminosa A.D.A.
A Polícia Militar informou que o Setor Reservado de Inteligência (P2) está monitorando possíveis ações criminosas, mas ressaltou que as ações são estratégicas e sua divulgação comprometeria os resultados.
Moradores usam aplicativos
População usa aplicativo para relatar ataque de traficantes em Macaé, tanto pela rede social, quanto pelo WhatsApp para falar sobre o confronto de traficantes rivais e Polícia Militar.
Na semana passada, moradores das comunidades Malvinas e Favela da Linha preferiram usar o facebook e postar áudio de um intenso tiroteio. “Teve gente baleada aqui dentro da comunidade Favela da Linha. O bicho está pegando. Mas, pelo áudio que estava rolando, todo mundo já sabia que ia acontecer isso”, afirmou um morador.
“Coisa de Filme”, disse outro. Um rapaz que esteve no bairro para deixar um morador contou, pelo WhatsApp, ter tido dificuldades para sair do local. “Eu descendo uma ladeira do Morro do Carvão, no bairro Cajueiros, gente se escondendo da bala perdida atrás dos carros. Eu nunca vi uma cena daquela. Apavorante”, comentou outro morador.