Por Lorenna Rodrigues e Eduardo Rodrigues
O Tesouro Nacional revisou nesta quarta-feira, 26, a projeção para o cumprimento da regra de ouro neste ano, apontando uma suficiência de R$ 600 milhões em 2018. Até julho, o órgão apontava uma insuficiência de R$ 98,4 bilhões para o cumprimento da regra constitucional.
De acordo com o Tesouro, foram computados para o cumprimento da regra de ouro em 2018 o pagamento antecipado de R$ 130 bilhões pelo BNDES, o uso de R$ 27,5 bilhões do Fundo Soberano, R$ 17,4 bilhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento (FND), R$ 6,7 bilhões do Fistel, R$ 13,1 bilhões em concessões e permissões e R$ 4,4 bilhões do fundo de securitização agrícola (Pesa).
Para 2019, o órgão estima ainda uma insuficiência para o cumprimento da regra de ouro de R$ 91,2 bilhões.
A regra de ouro é um dispositivo que impede a emissão de dívida pelo governo para o pagamento de despesas correntes, como salários, por exemplo.
Investimentos
Os investimentos do governo federal subiram a R$ 28,399 bilhões nos primeiros oito meses de 2018, informou o Tesouro Nacional. Desse total, R$ 16,398 bilhões são de restos a pagar, despesas de exercícios anteriores que foram transferidas para este ano. De janeiro a agosto do ano passado, os investimentos totais haviam somado R$ 22,773 bilhões.
Os investimentos no Programa de Aceleração Econômica (PAC) somaram R$ 2,688 bilhões no mês passado, alta real de 24,1% ante agosto de 2017. Já no acumulado do ano, as despesas com o PAC somaram R$ 13,762 bilhões, recuo de 6,0% ante igual período de 2017, já descontada a inflação.