A partir de 28 de dezembro, o espaço aéreo da Terminal Macaé, no Rio de Janeiro, terá nova classificação e mudanças de nível de voo. Visando o aprimoramento dos serviços de navegação aérea na região oceânica das Bacias Petrolíferas, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e o Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), por meio do Programa SIRIUS Brasil e em parceria com as empresas NAV Brasil e a Petrobras, implementou mudanças significativas.
Responsável por 22% da produção de petróleo e gás do Brasil (segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP), a Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, abriga a região de Macaé, conhecida como a Capital Brasileira do Petróleo, onde milhares de profissionais se revezam nas 45 plataformas, promovendo uma média de 190 voos diários.
O Empreendimento PFF-008, relativos à melhoria dos serviços de navegação aérea nas Bacias Petrolíferas, possui no seu planejamento, desde a reestruturação da Bacia de Campos, realizada em 2018 com a implantação do Sistema de Vigilância Dependente Automática por Radiodifusão (ADS-B, do inglês Automatic Dependent Surveillance – Broadcast), a perspectiva de implementar o espaço aéreo classificação “C” nas áreas oceânicas, especificamente na Terminal de Controle Macaé (TMA ME).
A experiência adquirida pelo Órgão de Controle mostrou ser oportuna, nesse momento, a modificação da classificação dos limites horizontais e verticais da Terminal e os ajustes nos níveis de voos utilizados. Assim, as aeronaves receberão os serviços de tráfego aéreo a partir de 500 pés (0,15 km) em relação ao nível médio do mar.
O espaço aéreo de Macaé mudará de classificação de D (Delta) – onde a separação entre os voos visuais e voos por instrumentos é provida pelos próprios pilotos a partir das informações passadas pelo órgão de controle, para C (Charlie), onde a separação entre esses tráfegos será realizada pelo Controle Macaé, utilizando a comunicação VHF e a vigilância ADS-B.
“Estas modificações incrementarão a segurança das operações na região, com ganhos operacionais em relação à eficiência. Nesse processo adotada a tomada de decisão colaborativa, sendo relevante a participação de técnicos em Controle de tráfego Aéreo do DECEA, do CINDACTA II, da NAV Brasil, da PETROBRAS e de empresas aéreas de voo offshore”, destacou o Gerente do Empreendimento, Tenente-Coronel Esp CTA Marcus Luiz Pogianelo.
Informações do DECEA