O prefeito Welberth Rezende fez, nesta terça-feira (15), a entrega simbólica, no Iate Clube de Macaé, para o Terminal Portuário de Macaé (Tepor), da autorização da obra do empreendimento. O prefeito acompanhou a chegada da primeira plataforma que irá começar a sondagem submarina, que fará os estudos iniciais de solo.”Renovamos a licença que garante a concepção do projeto e hoje vemos essa plataforma de geotécnica que vai fazer o início da sondagem do solo. Esse é o começo do nosso porto. Conseguimos ver a realidade do porto acontecendo, com os primeiros passos. A empresa está contando com mão de obra de Macaé, a tinta está sendo comprada no comércio local. Nosso porto vai sair e, com ele, muito desenvolvimento”, destacou o prefeito.
A certidão de consulta prévia foi deferida pela Comissão Especial de Uso e Ocupação do Solo da Coordenadoria Especial de Posturas da Secretaria Municipal de Fazenda. Com a certidão o município autoriza que a obra seja iniciada. “Falta agora a autorização da Marinha”, afirmou o consultor do Tepor, José Eduardo Carramenha.
Carramenha informou que duas plataformas irão iniciar a sondagem submarina que fará os primeiros estudos para o começo da obra da ponte e da ilha onde será instalado o Tepor. O especialista exemplificou que o Tepor será uma ilha no meio do mar, haverá uma ponte interligando o continente à ilha, e as plataformas farão o serviço de sondagem para verificar a resistência do solo e questões ambientais.
“A plataforma vai até uma profundidade que chegará a 18 metros da lâmina de água, depois vai perfurar e vai tirar as amostras de rocha para sabermos a resistência do solo e, com essa resistência, vamos fazer o cálculo da ponte e o cálculo da ilha”, detalhou.
Solo
O secretário de Desenvolvimento Econômico, Rodrigo Vianna, assinalou que a sondagem do solo vai permitir que a engenharia trabalhe no processo de estaqueamento do início da construção do porto. “Hoje (terça) é um passo para que possamos chegar a esse projeto, que vai trazer tanta dinâmica e desenvolvimento econômico e tantos postos de trabalho para a cidade. Estamos a um passo agora para a construção desse projeto”, comentou.
De acordo com Rodrigo Vianna, o governo municipal vem fazendo sua parte para dar andamento ao empreendimento. “O projeto traz solução para o óleo, o gás e é importante na consolidação também do onshore no parque térmico do Sudeste”, citou.
Para o Secretário Municipal Adjunto de Políticas Energéticas, José Vasconcelos de Luna Junior, a realidade para a construção do Terminal Portuário de Macaé ganha fôlego. “A expectativa sobre o Tepor é muito grande, para a cidade e a região. O início da sondagem é um momento importante porque traz a confiança e a certeza que o empreendimento vai acontecer”, frisou.
A plataforma chegou no atracador Derciley Martins Vianna, do Iate Clube de Macaé. O Tepor vai ser construído saindo do Barreto. As duas plataformas – cuja primeira chegou nesta terça – já operam no Brasil, são da empresa Geo Sub e vieram de Santa Catarina.
Duas plataformas vão agilizar a sondagem de solo
De acordo com José Eduardo Carramenha, com duas plataformas, o serviço de sondagem será mais rápido. “A obra que vai abrir as vagas de emprego começa depois deste estudo. Há anos que a gente vem fazendo o estudo ambiental, que foi aprovado. Foi gerada a licença e a plataforma começa a fazer o estudo de engenharia, como por exemplo qual tamanho tem que ser a sapata da ponte, qual tamanho devem ser os pilares. Depois desse estudo os projetos de execução serão feitos, e, aí sim, as obras iniciam, as construtoras começam a ser contratadas com a mão de obra”, assinalou.
Segundo o deferimento da Comissão Especial de Uso e Ocupação do solo, o Terminal Portuário de Macaé corresponderá a um Complexo Portuário com áreas offshore e onshore, interligadas entre si por uma ponte de 4,3 quilômetros de extensão que permitirá o tráfego de veículos leves e pesados e sustentará o pipe rack para passagem de dutos.
Na sua parte marítima dispõe de dois terminais. E em sua porção terrestre, possui 6.009.964 de metros quadrados subdivididos em retroáreas primária, secundária e terciária, dotadas de infraestrutura para abrigar indústrias como Unidade de Processamento de Gás Natural e atividades de logística, armazenamento e distribuição de combustíveis e derivados de petróleo.