Guterres classificou a resposta israelense aos ataques terroristas do Hamas como “punição coletiva do povo palestino”
O governo de Israel negou o visto ao chefe de assuntos humanitários da Organização das Nações Unidas (ONU), Martin Griffiths, devido aos comentários feitos pelo secretário-geral António Guterres em relação às ações na Faixa de Gaza.
Guterres classificou a resposta israelense aos ataques terroristas do Hamas como “punição coletiva do povo palestino”.
“Devido às suas observações, recusaremos a emissão de vistos para representantes da ONU. Já recusamos um visto ao subsecretário-geral para os assuntos humanitários, Martin Griffiths. Chegou a hora de lhes ensinar uma lição”, afirmou o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, em uma entrevista a uma rádio militar.
Essa decisão marca mais um episódio nas tensões diplomáticas entre Israel e a ONU, com Israel chegando a pedir a demissão de Guterres devido às suas declarações. O secretário-geral da ONU, por sua vez, expressou duras críticas tanto a Israel quanto ao Hamas, destacando a longa ocupação dos territórios palestinos e pedindo o tratamento humanitário dos reféns nas mãos do Hamas.