A participação da empresa israelense Elbit Systems em uma licitação de R$ 1 bilhão foi garantida pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que barrou uma tentativa do governo federal de excluí-la do processo. O Ministério da Defesa havia tentado impedir a Elbit, vencedora do certame, de seguir adiante, citando sua ligação com um país envolvido em conflito armado.A solicitação de revisão das normas partiu do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que consultou o TCU para verificar a possibilidade de restringir a participação de empresas com sede em países em guerra. O tribunal, no entanto, concluiu que as normas brasileiras não preveem a exclusão de companhias estrangeiras com base nesse argumento.Para Múcio, questões ideológicas, e não de segurança, foram o real motivo por trás da tentativa de barrar a empresa israelense. O ministro ressaltou que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva estaria interferindo no processo licitatório por razões políticas, prejudicando o trabalho da Defesa e atrasando a compra dos equipamentos.A Elbit Systems poderá fornecer veículos blindados e oferecer treinamento de pessoal, com entregas programadas até 2034. Outras empresas internacionais participaram da licitação, mas a israelense foi escolhida devido a critérios técnicos, como custo e facilidade de manutenção.