Por Silvana Rocha
As taxas de juros de curto prazo recuam nesta quinta-feira, 8, na esteira da queda do dólar ante o real, enquanto os juros longos mostram viés de alta, em meio a uma piora de perspectiva dos investidores com o cenário fiscal, depois da aprovação do reajuste de mais de 16% para o Supremo Tribunal Federal (STF), e diante da espera pelo leilão de títulos do Tesouro no fim da manhã.
No foco global está a decisão de juros do Federal Reserve (BC americano) à tarde (17h). A expectativa dos investidores é de manutenção dos juros básicos na faixa de 2% a 2,25% ao ano e que o Fed poderá sinalizar que uma alta poderá vir no encontro de dezembro.
A definição de nomes para o futuro governo Bolsonaro segue no radar. Além disso, o Tesouro realiza leilões de LTN, NTN-F e LFT (11h).
Na quarta-feira, dia 7, as taxas futuras curtas recuaram, em reação ao IPCA de outubro perto do piso das projeções, enquanto as longas subiram, refletindo desconforto com ruídos no governo de transição de Jair Bolsonaro. A curva de juro a termo precificava na quarta 77% de chance de manutenção da Selic em 6,50% na reunião de 12 de dezembro e 23% de chance de alta de 0,25 ponto porcentual, segundo cálculos da Quantitas Asset.
O mercado também processa mais um nome para o governo de Bolsonaro: Tereza Cristina (DEM) para a Agricultura. O presidente eleito ainda prometeu deixar nas mãos do setor a palavra final sobre o nome que chefiará a pasta do Meio Ambiente, que continuará separada. Agricultura e Meio Ambiente não serão unidos, mas o Ministério do Trabalho será extinto.
Às 9h51 desta quinta, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 indicava 8,13%, de 8,15% no ajuste de quarta. O DI para janeiro de 2023 subia a 9,32%, de 9,31% no ajuste da véspera. No câmbio, o dólar à vista caía 0,22% neste horário, a R$ 3,7307. O dólar futuro de dezembro recuava 0,04%, a R$ 3,7365.