O novo pacote tarifário do presidente Donald Trump, que elevou para 125% as tarifas sobre produtos chineses na terça-feira (8), gerou instabilidade no polo industrial de Guangzhou. Pequenas fábricas, voltadas principalmente para exportações aos Estados Unidos, relatam cancelamentos de pedidos e podem ter demissões em massa.
O setor têxtil foi um dos mais afetados. Empresas suspenderam operações temporariamente, acumulando estoques que não serão pagos integralmente. A interrupção de contratos por importadores norte-americanos, temendo o impacto dos novos tributos, resultou em prejuízos que os adiantamentos recebidos não cobrem.
Enquanto isso, fabricantes de equipamentos buscam estratégias para contornar a crise. Alguns apostam na vantagem de custos locais, como o preço do aço chinês, e na ausência de concorrência direta em segmentos específicos. Outros correm atrás de novos mercados fora dos EUA ou reforçam o foco no consumo interno.
Mesmo com a desaceleração econômica e o excesso de capacidade produtiva, muitos empresários demonstram confiança na recuperação. A escassez de mão de obra impede redução salarial e mantém os custos operacionais elevados. Apesar das dificuldades, há expectativa de superação no longo prazo.