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Surgem mais provas contra general amigo de Lula, “sabia de tudo antes do dia 8”

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Cunha afirmou que a Abin produziu 33 alertas, os quais foram compartilhados com as forças de segurança federal e local

O ex-diretor-adjunto da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Saulo Moura da Cunha, prestou depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), revelando que alertou o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, sobre a iminência de atos violentos em Brasília na semana que antecedeu os eventos do dia 8 de janeiro. Cunha afirmou que a Abin produziu 33 alertas, os quais foram compartilhados com as forças de segurança federal e local. Ele ressaltou ter ligado para o general Dias no dia 8, pouco antes da manifestação iniciar, expressando sua preocupação quanto ao caráter violento que a manifestação estava tomando.

De acordo com Cunha, os relatórios da Abin indicaram uma evolução dos acontecimentos, demonstrando que nos dias 4 e 5 de janeiro, a adesão de manifestantes para o dia 8 era baixa. No entanto, entre os dias 6 e 7, o cenário se alterou significativamente, com incitações de ocupação de prédios públicos e atos antidemocráticos. Segundo o ex-diretor-adjunto, na manhã do dia 7 de janeiro, a agência já possuía informações sobre a chegada de mais de 100 ônibus com manifestantes vindos para o Distrito Federal. Tais informações foram compartilhadas, inicialmente, com órgãos federais. Além disso, Cunha relatou que na manhã do dia 8, já havia identificação de “elementos radicais” no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, e essas informações também foram prontamente compartilhadas.

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