Este tipo de operação poderá abrir novo mercado para a empresa
A Ocyan oferece ao setor de óleo e gás um novo paradigma para perfuração em lâmina d´água abaixo de 500 metros com uso de navio-sonda em posicionamento dinâmico, sem uso de ancoragem. A novidade foi alcançada pela primeira vez no mês passado com a sonda Norbe VIII, no campo de Albacora, no pré-sal da Bacia de Campos, em profundidade d´água de 450 metros e profundidade total do poço de 5000 metros.
“Concluímos a operação no início de maio com a Norbe VIII, após o estudo de engenharia que permitiu a ação a um custo acessível. A demanda foi apresentada pelo cliente em janeiro; fizemos a avaliação de se utilizar um navio-sonda em posicionamento dinâmico para este projeto durante um mês e, em fevereiro, conseguimos iniciar a operação com a perfuração do poço. Esse modelo abre um novo mercado para as sondas da Ocyan”, comemora Heitor Gioppo, diretor Superintendente da Unidade de Perfuração da Ocyan.
Os navios-sonda da Ocyan possuem capacidade para operar em lâmina d’água de até 3000 metros, atendendo a demanda do setor de E&P em águas ultra-profundas. Todavia, recentemente vê-se crescente o número de poços com lâmina d’água menores e profundidades totais equivalentes aos poços do pré-sal da Bacia de Santos. Essa tendência tem gerado o novo desafio de operar unidades de perfuração de grande porte, que trabalham sob o sistema de posicionamento dinâmico, em projetos que exigem maior controle do ângulo entre a posição da sonda e os equipamentos conectados à cabeça do poço.
“Esse diferencial alcançado nos permitirá oferecer nossas sondas para contratos futuros de exploração em campos de lâmina d’água reduzida, como por exemplo os campos maduros da Bacia de Campos”, explica o executivo.
Para o gerente da sonda Norbe VIII, Rafael Fontana, a solução vai permitir à Ocyan participar de concorrências onde antes não havia possibilidade técnica. “Com o nosso trabalho de engenharia, estamos viabilizando a perfuração em lâminas d´água cada vez menores, sem a necessidade de grandes investimentos em sistemas de ancoragem e reduzindo o impacto ambiental deste tipo de operação. Isso torna nosso ativo competitivo, pois provamos na prática ter a versatilidade de operar desde locações de águas rasas até os campos de águas ultra-profundas do pré-sal da Bacia de Santos”, finaliza.