Na tarde de segunda-feira, o Senador Eduardo Girão (NOVO-CE) fez um discurso inflamado no Senado, acusando o STF e o Congresso Nacional de estarem comprometendo a democracia no Brasil. Em sua fala, Girão questionou a pressa em aprovar o projeto de inteligência artificial e sugeriu que há um acordo entre o STF e o Congresso para a aprovação desse marco legal, com o objetivo de censurar a população e limitar a liberdade de expressão. “Está tudo muito estranho”, afirmou, criticando a velocidade com que o projeto está sendo levado para votação.
O senador também atacou o STF, dizendo que o tribunal se comporta de forma política e ideológica. Para ele, a atuação dos ministros, especialmente as declarações de Dias Toffoli, são um exemplo claro de “despreparo” e parcialidade. “A nação já está com medo de se posicionar nas redes sociais, com medo de retaliação de quem manda e desmanda no Brasil”, declarou, destacando que a censura está crescendo e que os brasileiros estão sendo intimidados por suas opiniões. Girão criticou ainda a omissão do Congresso, que, segundo ele, não se levanta contra esses abusos.
O senador também fez duras críticas ao sistema de emendas parlamentares, que considera responsável pela perpetuação do poder no Brasil. “Como é que novas pessoas, que querem oxigenar essa Casa, vão concorrer com parlamentares que têm 70, 80 milhões das emendas constitucionais?”, questionou. Girão afirmou que a farra das emendas está enfraquecendo a democracia, já que os parlamentares com maior poder financeiro não enfrentam concorrência de igual para igual.
Por fim, Girão se posicionou contra a reforma tributária e o aumento de impostos proposto pelo governo, criticando o caráter ideológico da proposta. “O Brasil está quebrado, e o Senado está dando respostas como se tudo estivesse bem”, afirmou, criticando também a pressão para aprovar a obrigatoriedade de extintores de incêndio em carros. Girão concluiu seu discurso com um apelo: “Estamos numa caçada implacável para calar quem critica esse sistema apodrecido.