A Firjan pontua que a decisão do Banco Central de reduzir a taxa de juros já era esperada, porém ressalta que essa queda de 0,5 ponto percentual (p.p.) precisa ser mantida nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), haja vista que a economia e, sobretudo, a indústria seguem sofrendo os efeitos da taxa ainda elevada. O resultado negativo da produção industrial em janeiro reflete bem esse cenário. A continuidade do corte de juros também é justificada pela melhora em alguns indicadores inflacionários e pela redução nas expectativas, que sugerem uma dissipação da pressão de alta nos preços em diversos setores da economia.
Os juros elevados restringem a capacidade produtiva e impactam a taxa de investimento do país. No Brasil, a taxa de investimento encerrou o ano de 2023 em 16,5%, abaixo da média de muitas economias emergentes. Vale destacar, no entanto, que a continuidade na redução da taxa de juros precisa ser acompanhada de uma política fiscal responsável. Sem isso, não será possível atingir um ambiente de alto crescimento econômico, com pleno emprego e inflação controlada. Nesse sentido, é imprescindível o cumprimento das metas fiscais estabelecidas, fortalecendo o compromisso com a responsabilidade fiscal e a credibilidade do país.