Sapura Navegação Marítima confirmou sete casos de COVID-19 em um de seus navios. Os protocolos emergenciais da empresa e os testes preventivos foram fundamentais para identificar e tratar dos casos com rapidez. Novas medidas de segurança foram tomadas e os envolvidos no caso estão passando bem. No dia 24 de abril, um dos profissionais embarcados apresentou os primeiros sintomas, ainda leves.
Seguindo o protocolo de saúde da Sapura, o funcionário foi isolado e monitorado pela equipe interna até que houvesse a possibilidade de desembarque, dois dias após o primeiro sintoma. Além dele, todos os profissionais com quem manteve contato direto fizeram um teste rápido para COVID-19 (de anticorpos IgM e IgG) ainda a bordo e tiveram resultado negativo. Mesmo assim, por precaução, a empresa solicitou o desembarque desse grupo e aplicou um novo teste, agora RT-PCR, enquanto todos eram mantidos em quarentena em um hotel. O resultado foi obtido no início da noite desta sexta-feira, agora como positivo para sete empregados e comunicado pela empresa.
Imediatamente após a descoberta da infecção, a embarcação Sapura Jade teve suas operações interrompidas e os profissionais que estavam embarcados foram mobilizados para uma quarentena interna enquanto aguardavam a chegada de agentes da Anvisa. Na manhã de sábado(2), a Sapura deslocou uma equipe de saúde do Rio de Janeiro até Vitória, ES, onde está atracado o navio, para aplicar testes RT-PCR em todos os empregados embarcados. Após o teste, os profissionais foram direcionados para um hotel dedicado, onde aguardarão em quarentena até que saiam os resultados dos exames. O ambiente foi devidamente limpo e organizado com antecedência pela empresa, que já havia se preparado para agir caso a pandemia chegasse a um de seus navios. Enquanto isso, a embarcação passará por uma higienização sanitária especializada.
A Sapura é uma empresa brasileira especializada em serviços submarinos, nascida de um empreendimento conjuntoentre duas empresas internacionais: a Seadrill e a Sapura Energy. Hoje, é um dos principais players do mercado brasileiro de serviços em engenharia submarina, com uma frota de seis navios dedicados à execução de serviços offshore, instalação de equipamentos e lançamento de dutos flexíveis (Sapura Diamante, Sapura Topázio, Sapura Ônix, Sapura Jade, Sapura Esmeralda e Sapura Rubi). Esses navios PLSV estão entre os mais modernos do mundo, com capacidade para lançamentos de linha em até 3 mil metros de lâmina d’água e com carga de até 550 toneladas. A Companhia conta com uma força de trabalho atual que ultrapassa fpsomil profissionais, engloba 21 nacionalidades e 19 estados brasileiros.
Os resultados devem sair até a próxima terça-feira(5). Aqueles profissionais que testarem “negativo” poderão voltar para a embarcação e retomar suas atividades normalmente. Os sete empregados confirmados para COVID-19 seguem em quarentena e com acompanhamento médico. Nenhum deles apresentou sintomas graves. A embarcação Sapura Jade permanece atracada na Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), em Vitória, ES, com uma equipe mínima de segurança a bordo. A Sapura monitora a situação mundial do novo coronavírus desde o início de fevereiro. De lá para cá, as medidas de higienização dos navios se tornaram ainda mais rígidas, todos os empregados identificados nos critérios da Organização Mundial da Saúde para grupo de risco da doença foram enviados para casa, escalas de embarque foram adaptadas e houve um período de lockdown.
Os profissionais que trabalham em escritório começaram a atuar em regime de home office, já os embarcados passaram por mudanças de rotina que incluem o isolamento de sete dias e teste de calor antes e depois de cada embarque, preenchimento periódico de anamneses, teste RT-PCR para todos antes dos embarques, além de novas regras de convívio a bordo, como a limitação de número de empregados em ambiente fechado. Todos os profissionais Sapura e seus familiares também passaram a contar com novos programas de assistência de saúde física e mental remota, além de receberem cartilhas sobre os cuidados necessários para enfrentar a COVID-19. A partir de agora o acesso às embarcações pelos portos começa a ser antecedido por um túnel de sanitização para maior segurança dos empregados.
O número de trabalhadores de plataformas marítimas questão infectados chegou a 329 casos confirmados até o dia 30 de abril, contra 287 casos no dia anterior. Segundo informações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), já foram comunicados 675 casos confirmados, ao todo, de trabalhadores com Covid-19 nas empresas que executam atividades de exploração e produção de petróleo e gás no país. No dia anterior o número total de casos confirmados era de 655. O número total de trabalhadores suspeitos de estarem com a doença no último dia 30 foi de 1.657 empregados, contra 1.539 no dia anterior, último dado apresentado.