A senadora Rosana Martinelli (PL-MT) afirmou, em pronunciamento nesta quinta-feira (13), que não participou da invasão às sedes dos Três Poderes em 8 janeiro de 2023 e que não estava em Brasília na data. A notícia repercutiu na imprensa após a posse da senadora na quarta-feira (12). A parlamentar é segunda suplente do senador Wellington Fagundes (PL-MT), que está licenciado.
Rosana Martinelli disse ter tido suas contas bancárias bloqueadas a título de verificar se ela era uma possível investidora ou financiadora de manifestantes que vieram a Brasília acampar em frente ao quartel-general do Exército. A parlamentar também afirmou que seu passaporte foi retido pela Polícia Federal quando foi fazer uma viagem internacional.
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— Não tenho nada a ver com 8 de janeiro e eu me admiro muito e eu sinto na pele o que é ser punida — e também estou sentindo até hoje, porque meu passaporte ainda não foi liberado. Eu fui recentemente à Polícia Federal, e eu ainda não posso emitir [o passaporte]. Coloco-me na posição de muitos outros que não têm esse tipo de liberdade ou a oportunidade como estou tendo aqui hoje, de falar, de esclarecer. Muitos foram punidos, e não tiveram esse direito à informação e também o direito de defesa.
A senadora disse não concordar com nenhum tipo de depredação de prédios públicos, mas ressaltou ser favorável ao direito à liberdade de expressão. Rosana Martinelli argumentou que é preciso investigar e punir as pessoas que agiram de má-fé, mas não pode haver generalização.
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— Temos muitos, muitos conhecidos, muitas pessoas que não mereciam passar o que passaram. Foi um absurdo o que aconteceu, a maneira como foi feita e como agiram. Principalmente também você não tinha acesso às informações. Eu fiquei meses sem saber por que é que eu estava sendo punida. Isso que eu acho pior, porque não tinha uma satisfação. Eu fui punida, e eu não sabia nem por que eu estava com as minhas contas bloqueadas.