Quem acreditou que a indicação de Sérgio Moro para o futuro ministério da Justiça e da Segurança Pública, colocaria um freio no progresso da Operação Lava Jato, suspendendo os avanços das investigações que seguem no encalço dos aliados dos esquemas de Cunha, Cabral e companhia, estava enganado.
A limpeza ética, tão esperada pela sociedade durante o período eleitoral, se mantém antes mesmo dos futuros governos se consolidarem. E isso causa desespero em muita gente!
Com o emparelhamento do Judiciário sobre o Executivo, através do aval das urnas, a construção de um novo capítulo na história do Rio de Janeiro e do Brasil ainda depende da purificação de espaços ainda ocupados pelos esquemas de corrupção.
Não surpreendentemente, as investigações se aproximam até daqueles que possuem peso do novo ou sobrenome. Os bem-nascidos, ironicamente, também não irão se prevalecer sob a sombra da impunidade, algo que não possui mais espaço dentro da fiscalização das redes sociais.
Por conta disso, atitudes impostas por agentes públicos à sociedade, asseguradas pelas relações obscuras entre representantes dos três poderes, passam a ser o verdadeiro calcanhar de aquiles daqueles que ainda se sustentam no poder, não por privilégios, mas sim por ordem hierárquica de importância, nas apurações da Lava Jato.
Todos os caminhos, retos ou tortuosos, seguem para a perseguição ao errado, e na construção do que verdadeiramente é o certo. E no contexto do poder, o correto é determinado por quem conta com a aprovação da opinião pública.
E neste contexto, que apenas o futuro dirá se é correto ou equivocado, o Brasil se agarra a um fio de esperança de mudança e de renovação, algo estimado por todos que enxergam o poder como algo positivo, longe da capacidade de construir ou destruir.