Célio Junger Vidaurre
Todo ano quando começa, espera-se que as perspectivas sejam
auspiciosas, que as mudanças sejam benéficas à população, numa atitude elevada,
sobretudo, de nossos governantes. Todavia, com o que ocorreu após as prisões de cinco
governadores e de alguns deputados, a tão esperada virada de início de ano, perdeu o
brilho da esperança. Isso, não se falando no avanço provocado pelos milicianos e
traficantes. A coisa ficou feia, muito feia.
O governador atual quando chegou ao poder teve sua casa vasculhada
desde 2020 por ordem do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e nunca mais teve sossêgo
no cargo. É uma confusão geral com a Polícia Federal deflagrando casos com seu “irmão
de criação” e já houve quebra de seus sigilos bancário, fiscal e telemático. Então, o que
esperar desse governante no novo ano? Na mira da Polícia, apoiado por Bolsonaro e sem
um nome de relevo para substituí-lo, fica difícil de saber o que nos espera.
Nessa situação lastimável vivida pelos fluminenses, a virada necessária e
urgente que aguardamos deverá acontecer de uma forma ou de outra. Como está, não há
explicação convincente de quem quer que seja. Ninguém convence ninguém com esses
políticos da Alerj e dessas Câmaras de Vereadores. Salvam-se poucos, muito poucos.
Pior, esse ano é ano de eleições municipais. Consultando os eleitores, vê-se que, a
angústia de quem exercerá o seu voto é muito grande.
Ainda bem que em alguns outros setores, há possibilidades de algumas
melhoras. No esporte, o fim das eras Ricardo Teixeira, Nabi Abi Chedid e José Maria
Marin está concretizada. Novos nomes estão sendo anunciados e a seriedade no futebol
tem tudo para uma grandiosa melhora. As negociatas, as trapaças e as prisões serão
substituídas por decisões mais firmes com as renovações que estão prestes a acontecer,
pois, com este presidente da CBF que retornou e em quem não se vê qualquer firmeza,
como esta indecisão com técnicos, pior não vai ficar.
Já na saúde não se pode esperar o mesmo. São tantas deficiências, tantos
absurdos que precisará de alguns anos a mais para serem promovidos as melhoras
necessárias e urgentes. Aliás, tudo é urgente na saúde. Mas, com General no seu
Ministério não se podia esperar por grande coisa, sobretudo, com aquele que por lá ficou
grande parte de um governo contestando as vacinas. Foi duro demais!
Afinal, o que se salva nesse país? E no Rio de Janeiro? Está tudo perdido?
Não, não está nada perdido. O país detém homens e mulheres em todos os setores da
sociedade de gabaritos elevados que podem, a qualquer momento, dar a guinada esperada
por todos. Há juristas renomados, há políticos que não se misturam com os corruptos,
poucos, há empresários e economistas que só pensam no bem estar da população. Enfim,
aqui no Rio, apesar da desilusão com os governantes ser tão grande, o que ficou foi só
esperança.
FELIZ 2024.