Ao todo, quarenta residências foram demolidas no último dia 18, e a previsão é que 900 moradias sejam removidas, de acordo com a prefeitura. A área que havia sido dominada por facções criminosas foi ocupada por Forças de Segurança.
Os imóveis estavam vazios desde dezembro do ano passado, quando os moradores foram retirados, por se tratar de uma área de preservação ambiental. Eles foram realocados para o Conjunto Habitacional Prefeito Carlos Emir, no bairro Bosque Azul.
As construções foram erguidas na zona de amortecimento do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba. O local é de preservação ambiental e corresponde a uma área de 40 hectares, ou seja, cerca de 40 campos de futebol.
De acordo com a secretária de Habitação, Tânia Jardim, agora a comunidade está mais pacífica.
“Vamos parar quando estiver tudo a contento. Estamos aqui com muita cautela, pois há muitas famílias”, afirmou Tânia que, junto com a Polícia Militar e Civil, garantiu a segurança de moradores e as equipes envolvidas em todo trabalho e explica que a recomendação é para que o morador faça o cadastro na escola municipal do bairro Lagomar para entrar no programa de moradia popular. “Teremos que pedir a reintegração de posse no caso dos que insistirem em ficar”, finalizou.
A demolição das casas é uma determinação do Ministério Público e também uma medida de segurança. Cerca de 60 homens da secretaria de Obras atuaram nas demolições, além dos agentes sociais, Guarda Municipal e Polícia Militar. O entulho foi removido para o aterro sanitário de Macaé.
Na área onde ocorreram as demolições foram registrados os confrontos entre facções criminosas rivais pela disputa do ponto de venda de drogas e também com a Polícia Militar na tentativa de reprimir o crime.
Após a desapropriação, feita com a determinação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a suspeita é que traficantes invadiram as casas, fazendo delas pontos usados pelo tráfico de drogas.