Sondagem da CNI (Confederação Nacional da Indústria) feita em todo o país mostrou que o consumidor brasileiro ficou menos confiante nas condições da economia do país. Expectativas para a inflação, a renda pessoal, o desemprego e nível de endividamento foram pesquisados e o resultado do Índice Nacional de Expectativas do Consumidor foi o menor apurado pela CNI em muitos anos.
Os índices, contudo, não computaram as respostas positivas da economia. O mercado interno brasileiro responde à crise consumindo produtos principalmente das micro e pequenas empresas mantendo assim aquecida a economia e expandindo-a em alguns casos. Além da falta de dinheiro, os efeitos das altas taxas de juros continuam prejudicando a sociedade produtiva organizada e afastando ainda mais a economia informal de sua ampla reestruturação. Ainda que os números das pesquisas apontem para um pessimismo, é indicativo de que a crise econômica não está debelada.
As avaliações são importantes dados para compreender o crescimento econômico e servem para empresas e para trabalhadores. Para os primeiros, indicam a perspectiva de demanda pelos seus produtos; para os segundos têm a ver com a disponibilidade de emprego e com as expectativas salariais do mercado de trabalho.
Com as projeções surgem também os debates e discussões sobre o crescimento do país, com ênfase para o papel das micro e pequenas empresas e os temas são conhecidos: crédito, desenvolvimento regional e cadeias produtivas. As MPE mostram resistência durante a crise atual e continuam segurando a economia e o emprego no país.
É louvável o esforço das MPE em contribuir com a economia do Brasil. Responsável por grande parcela da população ativa, as empresas nacionais mostram que o esforço vale a pena, superando a descrença quanto ao desempenho brasileiro, mesmo com o pessimismo das pesquisas.