As entidades acusam Genoino de incitar o antissemitismo e ameaçar a segurança da comunidade judaica, após suas sugestões de boicote a empresas de judeus
A Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro (FIERJ), em conjunto com a Confederação Israelita do Brasil (Conib), manifestou repúdio às recentes declarações do ex-deputado e ex-presidente do PT, José Genoino. As entidades acusam Genoino de incitar o antissemitismo e ameaçar a segurança da comunidade judaica, após suas sugestões de boicote a empresas de judeus. Essas declarações foram feitas em uma entrevista concedida a um blog ligado ao PT, criticando um abaixo-assinado de empresários contra ações do Brasil em relação a Israel.
Alberto David Klein, presidente da FIERJ, enfatizou a seriedade das declarações de Genoino, lembrando que o antissemitismo é considerado crime no Brasil. Klein comparou a situação atual com o início do Holocausto, caracterizado por discursos de ódio e perseguição aos judeus. A posição da FIERJ é de que tais falas não devem ficar sem investigação e responsabilização legal. Por sua vez, a Federação Israelita de São Paulo classificou as palavras de Genoino como “criminosas”, equiparando-as às ideias de Adolf Hitler, e expressou preocupação com a falta de posicionamento dos dirigentes do PT sobre o caso.
A Conib, em sua nota oficial, também condenou as declarações de Genoino, recordando que o boicote a judeus foi uma das primeiras ações do regime nazista. A entidade fez um apelo às lideranças políticas brasileiras para que mantenham moderação e equilíbrio em relação ao conflito no Oriente Médio, buscando evitar que as tensões daquela região se propaguem para o Brasil. A situação levanta questões importantes sobre o discurso político no país e a necessidade de respeitar a diversidade étnica e religiosa na sociedade brasileira.