Medida diminui carga tributária sobre a indústria e sobre quem revende os produtos industriais e auxilia no controle da inflação. Tributação sobre o setor é quase o dobro da média da economia
O corte linear de 25% nas alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é muito positivo para a economia brasileira, em especial para a indústria e para o comércio, que revende os produtos industriais. Essa é a avaliação do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.
De acordo com Robson de Andrade, há, pelo menos, três impactos diretos na economia. Primeiro, a redução da carga tributária do setor industrial. Atualmente, a indústria é o setor o mais tributado da economia.
Segundo estimativas da CNI, em 2017, a carga tributária da indústria de transformação foi equivalente a 46,2% do PIB desse setor, enquanto a média da economia está em 25,2%.
O segundo impacto, diz Andrade, é a redução dos preços dos produtos industriais, com benefícios para os consumidores e no controle da inflação. Os produtos industriais representam 23,3% do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Por fim, o aumento da demanda sobre produtos industriais.
“A indústria de transformação tem um potencial de puxar o crescimento ainda maior. Cada R$ 1 a mais produzido na indústria resulta R$ 2,67 a mais no PIB. E nos últimos 10 anos, a essa indústria encolheu, em média, 1,6% ao ano. Perdeu espaço no PIB brasileiro e na produção mundial. Perdeu espaço nas exportações brasileiras e nas exportações mundiais de manufaturados”, explica o presidente da CNI.
O IPI é um tributo incidente apenas sobre o setor industrial, que é o único setor da economia a ter um tributo incidente apenas sobre ele. Trata-se de uma situação diferente do ISS, que incide sobre o setor de serviços, mas que tem como contraparte o ICMS, que incide sobre o setor industrial, o comércio e alguns serviços, como telecomunicações e transporte.
Por Portal Novo Norte