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Cidade que mais arrecada com royalties tem excessos de receitas em nova fase do petróleo

Ao traçar um quadro geral sobre as principais pendências encaradas pelas cidades do Norte Fluminense, os candidatos que encaram o desafio de suceder a gestão do combalido Estado do Rio de Janeiro, precisam ter em mente que, apesar das riquezas do petróleo, a condição de restruturação econômica ainda depende, de forma direta, de interferências políticas.

A situação vivida hoje por São João da Barra é o exemplo claro de que o progresso, também almejado com grandes expectativas por Maricá, depende diretamente das ações, reações e condições das atividades econômicas que têm Macaé como a sua principal base de apoio.

E se a condição econômica de três importantes cidades do interior do Estado pode ser resumida em um único parágrafo, é preciso compreender como o petróleo ainda influenciará no desenvolvimento fluminense, que ainda é um promissor campo para a elevação do PIB nacional.

Mais que a segurança pública, o desemprego, o desabastecimento e os impactos sociais, o futuro governador do Estado precisa sim debater a questão do planejamento regional da economia, uma utopia nunca antes viabilizada por conta de divergências nos interesses dos próprios gestores que conduzem a administração destas cidades.

Se São João da Barra conta hoje como um dos maiores complexos portuários das América Latina, projetado para escoar minério, mas adaptado para atender as demandas da indústria offshore, Macaé contém todo o sistema capaz de mobilizar o desenvolvimento de projetos de exploração de novas reservas na Bacia de Campos, elevando assim o potencial de produção de óleo e gás no país, ajudando o Brasil a ocupar mais espaço no mercado internacional do petróleo.

Se hoje Cabo Frio é capaz de discutir e projetar novas interligações internacionais, através do aeroporto, Macaé precisa garantir as movimentações das empresas que sustentam o transporte aéreo de cargas, um potencial que pode viabilizar a concessão da própria base aérea da cidade.

Por conta de todas as suas conexões com o petróleo, Macaé ainda é a base do desenvolvimento econômico nacional, com vistas ao novo momento do mercado do petróleo nacional, único caminho com resultados de médio e longo prazos, capazes de tirar o Estado do atoleiro, permitindo assim ao novo governador a viabilidade de uma gestão que vai superar a corrupção e o retrocesso.