O petróleo é a matéria-prima do combustível dos aviões, mas existem outras questões que envolvem a alta nos preços das tarifas aéreas; descubra quais são
Quando decidimos fazer uma viagem, uma série de fatores são avaliados além do destino e da acomodação, mas um dos assuntos amplamente discutidos entre especialistas e, até mesmo, turistas é o valor das passagens aéreas no Brasil.
Em março de 2022, foram registradas altas de até 45% nas tarifas aéreas e cerca de 6% a 36% de aumento em serviços como despacho de bagagem. A variação acontecia de acordo com o destino, companhia e tipo de bilhete, segundo o metabuscador de viagens Kayak.
Em junho do mesmo ano, os números subiram ainda mais. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR), dados demonstraram um encarecimento de 11,4% nas passagens para diferentes capitais do país – isso comparado ao mês de maio.
Tudo isso foi motivado por questões econômicas que afetaram o mundo todo. Acompanhe a leitura e entenda os motivos!
O panorama geral da alta nas passagens aéreas
A oscilação do petróleo e a instabilidade do mercado mundial foram algumas causas apontadas por especialistas, principalmente no que diz respeito à Guerra na Ucrânia, seus desdobramentos econômicos e tensões geopolíticas.
As companhias aéreas nacionais estipulam que 20% a 30% do valor das passagens é composto por custos com combustível e lubrificantes derivados do petróleo, o que por si só já explica a variação.
Outro fator decisivo para as altas está relacionado à volatilidade do mercado, ao câmbio e à variação da moeda norte-americana. Ainda de acordo com a ABEAR, o combustível contempla mais de um terço do planejamento de gastos das instituições e tem mais de 50% do valor indexado ao dólar.
Tanto o preço do petróleo quanto o câmbio do dólar devem ser apurados e analisados como alguns motores para essa conjuntura. No período entre janeiro e junho de 2022, o combustível dos aviões superou 64,3% de alta.
O querosene utilizado como combustível aéreo é diretamente proveniente do petróleo, e, conforme ocorre a queda do câmbio e o aumento do petróleo, o querosene fica ainda mais caro e valorizado.
Para que o repasse não interfira tanto no bolso dos consumidores, as companhias aéreas estão adotando uma série de atitudes para minimizar esses gastos, como, por exemplo, a mudança de rotas e a melhora da oferta de voo no país.