Apesar de ser proibido, parte da população continua incinerando lixo em terrenos baldios pela cidade
Mesmo com o período de chuvas, as queimadas ainda continuam sendo uma ameaça ao meio ambiente em Macaé. Grande parte das vezes isso acontece de forma criminosa, ou seja, por intervenção humana. Mesmo sendo um crime, é comum presenciar pessoas ateando fogo em entulhos e lixo em terrenos baldios. Na semana passada, a nossa equipe presenciou um exemplo disso próximo a uma área de vegetação às margens do Canal Macaé-Campos, na altura da Vila Badejo.
Lembrando que a queima de lixo nos terrenos é proibida. Também existem outros agravantes, que são os impactos ambientais gerados por conta disso. A maioria dos resíduos que podemos encontrar no lixo doméstico não foi projetada para ser queimada. Quando expostos a uma determinada temperatura elevada podem liberar substâncias tóxicas perigosas.
Moradores do entorno reclamam que, além dos danos ambientais, a fumaça gerada causa problemas de saúde, principalmente em crianças, idosos e pessoas alérgicas. Essa fumaça tóxica polui o ar, que é inalado pelos humanos. A situação é ainda pior quando a umidade está baixa. “Toda hora ateiam fogo nesse local. O vento acaba trazendo a fumaça para cá e a gente se sente obrigado, mesmo com o calor, a trancar a casa. Tenho criança pequena, mas não é só ela que sofre com isso, todos nós ficamos intoxicados com essa fumaça. Fora que tem o risco desse fogo se alastrar pela mata com a ajuda do vento e atingir as casas próximas”, denuncia uma moradora do Jardim Carioca, que pede sigilo do nome.
Vale ressaltar que provocar incêndio é considerado crime, previsto na Lei nº 9.605/98. De acordo com o Art. 41, quando isso é feito em mata ou floresta, pode levar o infrator à pena de reclusão de dois a quatro anos e multa. O mesmo artigo ressalta que se “o crime é culposo, a pena é de detenção de seis meses a um ano, e multa”.
Denúncias de incêndios florestais podem ser feitas à Guarda Ambiental através do telefone (22) 99701-9770. Esse número funciona em tempo integral e também pode ser utilizado para a população denunciar casos de maus tratos a animais, invasões em áreas de preservação ambiental, desmatamentos no município e também solicitação para resgate de animais silvestres nas áreas urbanas.