O Projeto de Café Literário intitulado “Ser-tão Nordestino: onde falta água, sobra luz”, desenvolvido no Colégio Municipal Olga Benário Prestes (São José do Barreto), pelo professor de Língua Portuguesa e Inglês, Antonio Cardoso, receberá próxima nesta quinta-feira (14), o Prêmio Paulo Freire, concedido pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A programação será no Salão Nobre do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),às 18h.
O representante de Macaé ganhará a premiação na categoria Experiência com alunos do Ensino Fundamental, destinada a iniciativas pedagógicas com vistas à promoção de uma educação popular, socialmente referenciada e emancipadora. Esta área contou com a participação de 145 escolas e de 62 escolhidas por categorias. O prêmio homenageia um dos maiores educadores do país, referência mundial da área pedagógica e atual patrono da educação brasileira.
Em sua quinta edição, o Café Literário – que acontece desde o ano de 2015 com apresentação de temas específicos -, tem como objetivo o incentivo da leitura, escrita e consciência crítica. Este ano, o destaque foi para luta dos povos indígena e negro e mobilizou, recentemente, cerca de 80 alunos dos 8º e 9º anos na apresentação no Teatro Municipal de Macaé. Os alunos se dividiram como atores e em atividades como cenografia, figurino e logística do palco e bastidores. Com apresentações de músicas e danças regionais, textos teatrais e cordéis, a programação é reconhecida por ser um show artístico-cultural.
Segundo o secretário de Educação, Guto Garcia, a premiação do professor é marcante para rede municipal. “Esta é a prova do compromisso dos nossos profissionais. Parabenizo ao professor, alunos envolvidos e toda equipe gestora pelo trabalho relevante em prol do processo de ensino”, pontua.
Idealizador do projeto, o professor Cardoso, lembra que programação que já destacou abordagens como a paz e o Brasil. Neste ano de 2019, a proposta foi homenagear o sertão, o Nordeste, o poeta e cordelista Bráulio Bessa. “Esta é a contribuição do ‘Olga Benário’ para a sociedade. Estamos cumprindo nosso papel. Fico muito emocionado de ver o empenho dos alunos e o resultado do projeto, que mergulhou na história do Brasil, na região que foi a porta de entrada para a nossa colonização e, até hoje, desempenha relevante papel no turismo, alimentação, cultura, educação, arte e economia brasileira”, pontua Cardoso.
Mestre em Linguística, Antonio Cardoso atua na rede municipal há nove anos e afirma ser um honra e grande responsabilidade poder representar os milhares de professores do Estado do Rio de Janeiro e, também, do Brasil. “Receber um prêmio com esse título significa muito a um educador que almeja, assim como o próprio Paulo Freire, que a aprendizagem leve em consideração as vivências do aluno, de modo que aquilo que se aprende na escola faça sentido para a sua vida e possa, de fato, contribuir para a sua emancipação” comenta Cardoso.
A homenagem também é motivo de orgulho para os diretores Márcio Fidélis e Delaine Miranda. “Ver nosso professor recebendo este prêmio é maravilhoso. Só temos que agradecer pelo comprometimento de todos” finalizaram.