O maior programa de visitação domiciliar do mundo, o Criança Feliz do Governo Federal, chegou a 2.934 municípios de todas as regiões do país. O número representa 70,6% das cidades elegíveis para o programa. Para aderir à iniciativa, a localidade deve contar com pelo menos um Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e ter, no mínimo, 140 pessoas que atendam aos critérios de participação do programa.
A região com o maior número de adesões ao programa é o Nordeste, com 1.629 municípios. Somente na Bahia, são 353 cidades que oferecem visitas às famílias mais vulneráveis e acompanhamento desde a gestação até os três anos de idade da criança, ou seis anos em casos de integrantes do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
No município de Itabuna, no sul baiano, localizado a 426 quilômetros de Salvador, a supervisora do Criança Feliz, Thamires Silva, destaca que o programa traz impactos extremamente positivos para os beneficiários. “A gente vê que há um fortalecimento dos vínculos familiares, um aumento da interação entre a criança e o cuidador. É muito gratificante ver o entendimento das famílias sobre a importância da primeira infância para o desenvolvimento da criança”, contou Thamires.
As outras regiões com mais municípios no Criança Feliz são o Sudeste (603), Norte (330), Centro-Oeste (204) e Sul (198). Ao todo, já foram visitados mais de um milhão de indivíduos, sendo 862,6 mil crianças e 190,8 mil gestantes.
A secretária nacional de Atenção à Primeira Infância do Ministério da Cidadania, Luciana Siqueira, destaca o papel fundamental que o programa tem para o desenvolvimento das crianças acompanhadas. “O programa traz uma proposta de estímulo e impacta diretamente no desenvolvimento da criança e no contexto da criança dentro da família. As visitas domiciliares são importantíssimas, porque é através delas que fomentamos o fortalecimento dos vínculos familiares e afetivos”, destacou.
Intersetorialidade
A atuação intersetorial do Criança Feliz é uma das principais características do programa, que busca articular ações das políticas de Assistência Social, Saúde, Educação, Cultura, Direitos Humanos e Direitos das Crianças e dos Adolescentes, com o fim de promover o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância.
Para alinhar e fortalecer a integração entre as áreas do governo, a secretária Luciana Siqueira se reuniu com o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Rafael Câmara Parente, para discutir as ações voltadas à primeira infância, como a Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, a vigilância do crescimento e desenvolvimento das crianças de até seis anos de idade, bem como a qualificação dos profissionais nos municípios participantes do Programa Criança Feliz.
“A criança deve ser vista de uma forma integral. Por isso, a gente precisa investir nela, para que ela cresça saudável, se desenvolva plenamente e, também, futuramente, diminua o ciclo da pobreza. Precisamos olhar para essa criança como um ser biopsicossocial, como um ser que precisa de atenção integrada”, destacou a secretária.
Também no âmbito de ações intersetoriais, o Ministério da Cidadania fechou recentemente uma parceria com a Secretaria Nacional de Alfabetização do Ministério da Educação para promover a literacia familiar e reforçar o hábito de leitura nos domicílios. Os visitadores do Criança Feliz receberão um treinamento para levar às famílias instrumentos para a prática e ensino da leitura guiada, uma das principais ferramentas da literacia familiar.
Fonte: Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania