Mais de mil pessoas foram detidas na sequência desses protestos
Em uma publicação nas redes sociais nesta segunda (8), Deltan Dallagnol, ex-procurador do Ministério Público Federal, destacou a situação de 32 indivíduos que permanecem detidos preventivamente há um ano sem acusações formais, um fato que, segundo ele, é sem precedentes em sua experiência de 18 anos no Ministério Público.
Mais de mil pessoas foram detidas na sequência desses protestos. Entre elas, 65 ainda estão sob custódia sem julgamento, em uma anomalia judicial preocupante. O ex-procurador expressou profunda preocupação com esses detidos, enfatizando a falta de denúncia formal contra eles, o que, em sua visão, torna as prisões ilegítimas.
Dallagnol fez uma comparação ao mencionar que, em casos extremos como os de traficantes internacionais de drogas, políticos envolvidos em corrupção ou pedófilos, nunca presenciou uma situação análoga.
Segundo o ex-procurador, há ausência de provas concretas ou indícios suficientes de crime para justificar as detenções prolongadas. Dallagnol destacou que o prazo legal para a apresentação de acusações contra os detidos já foi excedido, o que reforça sua argumentação de que as prisões são, de fato, ilegais.
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