A situação de Jorge Eduardo Naime Barreto se agravou ainda mais após a morte de Cleriston Pereira da Cunha, outro detento, em circunstâncias que preocuparam o coronel.
O Coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-comandante do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), preso desde fevereiro após os atos antidemocráticos de 8 de janeiro, enfrenta graves problemas de saúde na prisão. Segundo sua esposa, Mariana Adôrno Naime, o coronel, detido há quase 300 dias, vem sofrendo com sintomas como fortes dores de cabeça, dormência nos braços e vômitos. Na última segunda (27), Naime precisou de atendimento urgente na UPA de São Sebastião, após uma semana sem melhora no quadro clínico. Este foi o terceiro atendimento médico de Naime desde sua prisão.
A saúde do coronel já era motivo de preocupação antes de sua detenção, com relatos de pré-diabetes e hipertensão. Desde sua prisão, Naime perdeu 14 quilos e não pôde continuar o acompanhamento médico necessário. Em julho, ele desmaiou em sua cela e precisou de atendimento médico. Mariana Naime, em desespero, tem pedido socorro e apela para a revogação da prisão do marido, argumentando que ele poderia responder ao processo em liberdade, com uso de tornozeleira eletrônica. A situação se agravou ainda mais após a morte de Cleriston Pereira da Cunha, outro detento, em circunstâncias que preocuparam Naime.
Naime é acusado de omissão durante os atos do 8 de janeiro. Sua prisão foi determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes, e desde então, ele e outros membros do alto comando da PMDF são investigados. A defesa de Naime, no entanto, contesta as acusações, alegando que ele agiu dentro dos limites legais e não foi conivente com os atos. A situação do coronel e as acusações contra ele continuam sendo um tema delicado e complexo, envolvendo questões de saúde, legalidade e justiça.