Diante do cenário de pânico que se criou no meio dos alunos em decorrência do encerramento das atividades da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Macaé (FAFIMA), a Presidente da Fundação Educacional Luiz Reid, Lêila Clemente, veio a público para transmitir tranquilidade aos mesmos. Primeiro ela divulgou uma nota oficial informando à comunidade macaense e da região que o Ministério da Educação, por meio do Despacho n° 69/2021 decidiu descredenciar a Fafima porque a instituição não fez o recredenciamento de seus cursos em 2020.
Logo em seguida, a professora se dirigiu aos alunos matriculados na instituição, para tranquilizá-los quanto ao cumprimento das responsabilidades da faculdade. “Assim, nosso compromisso com os alunos matriculados será cumprido dentro do que determina a Secretária de Regulação e Supervisão do Ensino Superior. Faremos reunião com o corpo docente e na sexta-feira (19) com os discentes. Todos os concluintes que fazem jus aos diplomas e certificados serão atendidos e não ficarão prejudicados”, declarou ela.
A Presidente prossegue esclarecendo que “muitos ainda dependem desses documentos registrados e essa vem sendo e será a nossa ação para que o nome da instituição não tenha nenhuma mancha. Nenhum aluno será desrespeitado por nós. Não precisam correr para a instituição, mas podem mandar email ou mensagem pelo ZAP que estaremos sempre respondendo e atendendo”, disse.
Lêila Clemente conclui: “Não fugimos da luta e vamos renascer das cinzas. Somos como a ave mitológica Fênix. A fundação não acabou. A Fafima está no momento impedida de funcionar, mas a fundação permanece com seus atendimentos aos cidadãos, alunos, ex-alunos, enfim a todos que nos procurarem ou contatarem.”
Merece lembrar aqui que a Fafima, neste momento em que completa 47 anos de atividades, recebeu a notificação de descredenciamento decretada pelo Ministério da Educação (MEC), encerrando assim as atividades da mais antiga faculdade macaense.
A crise que se abate na Fafima
Recentemente, a crise financeira da Fafima veio à tona por conta de uma dívida trabalhista com o INSS, que chega a 2 milhões de reais. Com isso, a faculdade está impedida de realizar novos vestibulares, já que o MEC só autoriza tal procedimento se a instituição estiver em dia com os tributos federais e sem o parcelamento desse montante.
Na realidade, a crise na Fafima veio se agravando nos últimos anos, em decorrência da implantação dos cursos Educação à Distância (EAD), que cobram um valor cinco vezes menor que um curso presencial.
Por outro lado, o FIES (programa de financiamento estudantil do governo federal) vem diminuindo sua oferta desde 2014, impossibilitando a expansão de vagas para as camadas sociais menos privilegiadas.
Também as bolsas de estudo da Prefeitura de Macaé foram suspensas por orientação do Ministério Público e do Tribunal de Contas, pois a Prefeitura de Macaé não pode doar bolsas só para uma instituição: ou oferece a todas as faculdades, de forma igualitária, ou não oferece para nenhuma.