Em reunião virtual realizada na manhã desta segunda-feira (18) o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio informou os próximos passos diante da pandemia do coronavírus
“Enquanto a pandemia não for mitigada pela população, a economia não se reestruturará”, disse o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (18) através de uma videoconferência, obedecendo o isolamento social, principal medida protetiva no combate à propagação do coronavírus, salientou a importância das ações no município nos últimos dias e informou as próximas medidas a serem tomadas em prol da saúde e do bem-estar da população, como a suspensão das atividades laborais até o dia 1º de junho.
Considerando preocupante a situação em Macaé, o prefeito iniciou o encontro virtual abordando sobre os primeiros decretos assinados para conter a disseminação do vírus na cidade e, em seguida, fez um balanço sobre o aumento do número de casos confirmados por COVID-19, casos de pessoas que se recuperaram da doença e as que vieram a óbito.
“No início da pandemia, ninguém conhecia muito além dos principais sintomas. Mas hoje, essa realidade já é outra e o conceito de ficar em casa precisa ser ampliado. Precisamos encontrar o doente pelo menos no 5º dia de febre e qualquer outro principal sintoma que vem se repetindo, para conseguirmos reverter o quadro”, esclareceu.
Segundo Dr. Aluízio, o ‘Centro de Quarentena’ foi implantado para auxiliar, principalmente, àqueles que se encontram com coronavírus e que não podem ficar em casa se recuperando por motivos distintos. Para esses, há um hotel, de fato, para serem tratados.
Nas últimas semanas vem acontecendo uma perda do controle quanto ao confinamento por parte da população, que vem descumprindo os protocolos de segurança e refletindo expressivamente no aumento do número de casos. “É preciso investir no isolamento social e, em casos de sintomas mais graves e que vem se repetindo, procurar por socorro. Atendi quatro pessoas de uma mesma família e, uma delas, uma senhora de 70 anos que por agravamento, foi logo parar no CTI. É preciso chegar antes que o quadro se agrave”, ressaltou.
De acordo com o prefeito, quanto ao ‘lockdown’, nome dado ao bloqueio total de uma região, não há perspectiva neste primeiro momento. A partir desta terça-feira (19) serão realizados os testes epidemiológicos aos funcionários que atuam nos serviços essenciais, sejam das farmácias, supermercados, postos de combustíveis, dentre outros.
“Há dois cenários, os pacientes que estão com sintomas são essencialmente testados e, os assintomáticos, como os que estão trabalhando nos serviços essenciais, que serão testados. Faremos reuniões com os responsáveis por esses estabelecimentos para que os encaminhem aos testes, cooperando com uma grande pesquisa entre a população que circula na rua e a que trabalha nas ruas, obtendo um retrato estatístico da situação na cidade”, frisou.
Quanto ao comércio que vem funcionando de maneira irregular, as ações já começaram a ser realizadas nas duas últimas semanas para coibir as atividades. “Não dá certo alguns depósitos de bebidas, por exemplo, continuarem aglomerando pessoas. Vender bebidas em horário comercial é uma coisa, já alocar público durante toda a madrugada é outra diferente”, pontuou.
Vale lembrar que, até o momento, de acordo com o boletim epidemiológico divulgado nesta segunda-feira pela prefeitura, Macaé registra 476 casos confirmados por COVID-19, 230 casos de pessoas que se recuperaram da doença e, 20, que vieram a óbito.
“É importante dizer que são sete dias sem óbitos na cidade e, desses 20 que morreram em decorrência da doença, foram idosos em sua maioria dos casos que já apresentavam algumas comorbidades. Quanto aos pacientes internados no Centro de Tratamento Intensivo (CTI), da última sexta-feira (15) para cá, eram 11 doentes internados, hoje, soma-se 18 pessoas”, revelou.
Por fim, além da fiscalização recentemente quanto aos comércios e bailes funks das comunidades que vinham acontecendo irregularmente, o prefeito informou ainda que sinais sonoros voltarão a ser emitidos nas praias conscientizando a população e a obrigando a se retirar.