Antes mesmo da discussão generalizada que acomete o país nesta fase de escândalos que incluem os “influencers das bets” e as “ONGs do INSS”, a política de Macaé viveu o enredo do bebê reborn “que ninguém quer”.
A saga do boneco sem vida, com a impressionante aparência humana e com as características clássicas de um recém-nascido, se tornou símbolo do frangalho da saúde mental de quem beira a loucura, mas que ajuda a despertar sentimentos de autoconfiança, proteção e segurança naqueles que buscam encontrar a própria identidade.
O reborn “que ninguém quer” de Macaé foi gerado em ambiente de disputa, de uma maternidade de maldades mantida como herança de crueldades que produziram também outras figuras folclóricas da política local.
Antes identificado como “vodu”, numa interpretação racista e preconceituosa dos costumes e culturas de matrizes africanas, o bebê reborn “que ninguém quer” de Macaé conseguiu confundir a cabeça de muita gente.
Utilizado como amuleto por políticos que tentavam expulsar “maus presságios” de adversários, o reborn “que ninguém quer” da política de Macaé chegou a carregar características humanoides, como aqueles robôs da Tesla criados para tomar decisões para os humanos.
Mas, sem vida, o reborn “que ninguém quer” da política de Macaé, tornou-se apenas uma marionete descartada pelo desuso, principalmente por ser ultrapassado e não adaptável a modernidade da Inteligência Artificial amplamente utilizada por habilidosos “especialistas” em marketing político que produzem conteúdos de qualidade e entopem os feeds com selfies e vídeos de agendas cheias de aparições ensaiadas de políticos que se destacam nas redes sociais.
Antes de ser abandonado, o bebê reborn “que ninguém quer” da política de Macaé chegou a aparecer nas telas de telefones, em vídeos programados editados com músicas sacras em tom de comédia pastelão, como espécie de assombração para muita gente da cidade. Mas com engajamento pífio, acabou caindo no esquecimento.
Abandonado a beira da Rodovia Amaral Peixoto, o reborn “que ninguém quer” da política de Macaé acabou sendo adotado e vive hoje distante da cidade que um dia tentou assombrar.
Mas do outro lado da divisa, o bebe reborn “que ninguém quer” da política de Macaé segue ainda como parasita em busca de quem ainda tente lhe dar vida, mesmo com seus dias contados.