Praticamente na medida em que o ciclo eleitoral vai se fechando para que ocorram as eleições de outubro, com o objetivo de eleição de novo Presidente da República e vice, dois senadores para cada Estado, 513 deputados federais dos quais 46 no Estado do Rio, e deputados estaduais, quem deixou o medo de lado por não temer operações como a Laja Jato e pretende se arriscar em fazer o teste nas urnas, os políticos começam a entrar em ação junto ao eleitorado. De maneira mais tímida, para não sair escorraçado de qualquer tentativa de “comprar o eleitor ou o apoio de algum cabo eleitoral”, alguns começam a viajar no tempo e no espaço que vão encontrando, sempre temerosos de sofrerem represálias, mas sempre encontrando alguém que não perde tempo, registram em vídeos ou fotos os momentos e em seguida, começam a pipocar nas redes sociais os constrangimentos pelos quais passam.
É preciso, mesmo, muita coragem para enfrentar os eleitores que desde 2013, quando aconteceu a primeira manifestação espontânea em que a população foi às ruas pedindo a simples diminuição no preço das passagens de coletivos, dentre outras reivindicações, até acontecer outros movimentos pelo impedimento da então presidente Dilma Rousseff, e mais recentemente, as operações Lava Jato que vêm colocando poderosos do colarinho branco atrás das grades, dentre eles, o ex-presidente Lula que acabou preso após condenação em segunda instância, e tentando de todas as maneiras se ver livre dos embaraços processuais que ainda responde. Mas tudo acabou por aí? Claro que não.
Se de um lado a Justiça, mesmo lenta, continua fazendo o seu papel, de outro, os articuladores políticos nos bastidores vêm tentando, no Congresso Nacional, elaborar legislação que possa salvar a pele dos que ainda acreditam que são representantes do povo, entre elas, paralisar as ações da Lava Jato e, até, a anistia ao ex-presidente Lula. Pode? Claro que não, mas alguns querem… Eles, os políticos, estão em ação permanente.
Culpar o eleitor?
Enquanto as lideranças políticas não se voltarem para a mudança tão desejada pela população, a representação parlamentar em todos os níveis vai continuar do mesmo jeito. Ou seja, a imposição de Comissões Provisórias para decidir quem poderá ter o nome escolhido para ser candidato, continuará indo de encontro à tão sonhada e decantada democracia de ser homologado pelos membros do diretório, onde as lideranças deverão sempre se destacar e ganhar a confiança da população.
Enquanto não houver uma reforma política e as siglas partidárias continuarem com “donos”, sempre escudados por maus exemplos, entre eles a venda do tempo para a propaganda política no rádio e na televisão, ou escolhas de nomes para servirem como cabos eleitorais de candidatos Copa do Mundo, aqueles que só aparecem de quatro em quatro anos para pedir votos, a situação não vai melhorar. Por exemplo: o município de Macaé, que sempre teve boa e até excelente representação política na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa, desde a última legislatura não conta diretamente com um político eleito no município que, apesar de ter mais de 150 mil eleitores, não consegue eleger nenhum deles.
Agora mesmo, quando a eleição se aproxima, o Dr. prefeito já vem encurtando as rédeas de muitos postulantes que continuam dividindo o eleitorado e não conta com uma liderança capaz de conduzir a eleição para dizer, pelo menos, que Macaé tem representante político. Como a rádio corredor já informa que o prefeito pretende apoiar os Picciani para deputado federal e estadual, outros vereadores se atiram no jogo de xadrez político como candidatos a deputado estadual. Guto Garcia, Luiz Fernando Pessanha, Julinho do Aeroporto, e outros que vão se alinhar, pelo menos vão aparecer na fita e, no mínimo, aparecer para ser candidato a prefeito lá em 2020. O jogo já está feito e quase todo mundo sabe. Mas encerrada a Copa do Mundo, vai haver as convenções partidárias e eles vão colocar a cara na reta. Ai, sim, será a vez do eleitor. Faltam pouco mais de três meses.
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PONTADAS
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Como tem sido registrado nesta coluna constantemente que o dinheiro garfado na conta de luz do contribuinte que paga R$ 6,48 por domicílio – o valor das empresas é mais do dobro – não vem sendo aplicado como deveria, as ruas continuam às escuras beneficiando a criminalidade. Pior é que ninguém cobra da Enel quanto ela fatura e passa para a prefeitura que não tem grana sequer para comprar lâmpadas.
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Enquanto isso, a população continua pagando alto pela taxa de esgoto, serviço que até agora não vem sendo cumprido como deveria, apesar da promessa de que, em quatro anos, todo o município estaria beneficiado. De 2013 a 2016, foi grande a expectativa. Agora, o prazo de mandato do prefeito estendido até 2020, todos sabem que a obra vai ficar para o próximo prefeito, consequentemente, com dívidas.
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A Rua Antonio Coutinho, recebeu uma camada de asfalto. Com pouco tempo, apareceram fissuras, buracos e crateras. Vários remendos foram feitos e continuam desafiando a administração pública. Vai ver o dinheiro gasto com os consertos vai ser maior do que a obra mal feita que deveria ser precedida da construção de galeria de águas pluviais e rede de esgoto. E ninguém fiscaliza.