Maconha e cocaína estavam escondidas dentro de local chamado Mangue da Malvinas
Ao todo 1.700 papelotes de cocaína e mais de 9 mil buchas de maconha foram apreendidos no Mangue da Malvinas, na noite da última segunda-feira(15). A operação em conjunto com a Polícia Federal, Militar, Guarda Municipal dos municípios de Casimiro de Abreu, Macaé e Carapebus também contou com apoio da companhia de cães farejadores.
De acordo com a Polícia Federal, as investigações apontaram o lugar exato onde era guardada as drogas, em um mangue localizado na comunidade da Malvinas. A maconha estava escondida em três tonéis enterrados no local e seria usada para abastecer o tráfico nas comunidades Malvinas, Nova Holanda e Botafogo, além de outras localidades situadas na cidade.
No local os policias encontraram 9240 sacolés de maconha no valor de R$ 5 cada, 1280 papelotes de cocaína de R$ 25 e mais 480 papelotes de R$ 100 cada.
De acordo com a Polícia Militar, a droga estaria sob a responsabilidade de um suposto traficante conhecido como “pé de boi”, da facção A.D.A. (Amigo Dos Amigos). A ação aconteceu depois de uma denúncia anônima. O local é conhecido como ponto de tráfico de drogas na cidade.
Ninguém foi preso e de acordo com a PM, a apreensão gerou um prejuízo aproximado de R$118.200,00 ao tráfico. A droga foi levada para a 123ª Delegacia de Macaé onde o caso foi registrado.
Aumenta índice de criminalidade – Dados liberados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que a sensação de que a violência está se tornando maior em Macaé não é apenas impressão. Alguns crimes depois de terem ficado em baixa por anos, estão de volta ao patamar de até cinco anos atrás. Os principais são os roubos (conhecidos popularmente como assaltos), que foram 86 em dezembro do ano passado.
O DEBATE analisou os dados de registros de crimes na delegacia 123ª DP (Macaé) entre janeiro a dezembro de 2016 e 2017, divulgados pelo ISP, e descobriu que os roubos vêm ficando mais freqüentes pelo menos desde 2013. O roubo de rua é uma estatística do ISP que soma roubos da transeuntes, roubos de aparelhos celulares e roubos a transportes coletivos.
Mais prisões – Toda essa atividade criminal não significa que a polícia não está cumprindo suas obrigações. Pelo contrário, há cada vez mais pessoas presas em Macaé, com os registros de recolhimento de presos chegando a níveis nunca antes vistos. Só na primeira quinzena do mês de janeiro deste ano, foram 31 encarcerados. É o maior resultado desde 2014.
Polícia apreende mais drogas – Apesar dos argumentos de algumas autoridades de que aumentar a guerra às drogas reduz automaticamente outros crimes, como furtos e roubos, o grande esforço da polícia em apreender cada vez mais entorpecentes não parece ter surtido efeito no número de roubos. As estatísticas mostram que nunca se realizou tantas apreensões de drogas em Macaé.
Foram 613 só em 2016, contra 1.200 no ano passado, confiscos de substâncias entorpecentes. São os números mais altos desde o início do ano de 2013. E assim como a alta de ocorrências e roubos, esse movimento começa a se intensificar por volta de 2013.
No entanto, as estatísticas não contabilizam o peso e o tipo das drogas encontradas. Tanto grandes apreensões de vários quilos de uma substância quanto a detenção de um usuário que carrega algumas cápsulas contam como uma apreensão cada.