Os equipamentos permaneceram em desuso, primeiro na UPA, aguardando uma rede de gás necessária para sua operação, e depois, mesmo após serem transferidos para o Hospital Regional de Gurupi, continuaram sem uso.
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins, com o apoio da Polícia Civil, deflagou nesta terça (5) a operação Ruach para investigar possíveis irregularidades na compra de respiradores mecânicos na cidade de Gurupi-TO, durante a pandemia de Covid-19. A operação envolveu buscas em Palmas, Gurupi, Porto Nacional, e Nerópolis (GO), cumprindo 17 mandados de busca e apreensão em residências e empresas, com cerca de 40 participantes entre membros do Gaeco, delegados e agentes policiais.
O foco da investigação são as ações de ex-gestores públicos de Gurupi, servidores e empresários, suspeitos de desviar recursos públicos através da contratação superfaturada de respiradores mecânicos. Estes equipamentos foram comprados sem licitação em agosto de 2020, a um preço acima do mercado, sob a justificativa de necessidade urgente para ampliar os leitos de suporte ventilatório.
Apesar da urgência declarada, os respiradores não foram instalados na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Gurupi. Os equipamentos permaneceram em desuso, primeiro na UPA, aguardando uma rede de gás necessária para sua operação, e depois, mesmo após serem transferidos para o Hospital Regional de Gurupi, continuaram sem uso.
A operação Ruach, cujo nome em hebraico significa “vento”, “sopro” ou “respiração”, visa esclarecer os crimes de fraude à licitação, organização criminosa e desvio de verba pública. A investigação do Gaeco busca apurar a extensão das irregularidades e responsabilizar os envolvidos no caso.
Por portal Novo Norte