Os novos prazos estabelecem, em Macaé, uma nova perspectiva sobre a composição de candidaturas
O encaminhamento do Senado para a definição da data de votação neste ano, em 15 de novembro, modifica não apenas os aspectos gerais de um cenário político bastante incerto para as apostas sobre quais serão os resultados das urnas neste ano. Os novos prazos estabelecem, em Macaé, uma nova perspectiva sobre a composição de candidaturas que poderão despertar o interesse da sociedade em participar de uma eleição assombrada pela pandemia do coronavírus.
No entanto, as discussões, que envolvem a prorrogação dos atuais prazos previstos pela Legislação Eleitoral, geram um certo ânimo entre lideranças que traçam um perfil, ao menos, interessante para a parte da população da cidade que já respira a atmosfera partidária, capaz até de amenizar atritos entre personagens importantes da política local.
Ainda ambientada nas redes sociais, a construção da imagem dos novos candidatos seguem um script manjado, apesar de moderno, onde as “lives” (transmissões em tempo real) popularizadas por artistas consagrados da música nacional, passam a ser o carro-chefe daqueles que acreditam ter algo a dizer para a sociedade semi-isolada e bastante temerosa aos riscos do COVID-19.
Em um cenário pré-eleitoral ainda sem um candidato preferido, Macaé passa a ser mapeada por lideranças que organizam um jogo político ainda mais forte de maior abrangência, que buscam aliados interessantes, distantes de figuras manjadas com histórias que beiram a lendas descartadas até mesmo em bate-papos de botequins.
Enquanto grupos políticos atuantes da cidade tentam se agarrar a variáveis de 20% a 30% em níveis (baixos) de aceitação junto ao eleitorado municipal, há uma forte corrente crescente no município que conhece bem as engrenagens do poder, mas que possui a sensibilidade de traduzir o sentimento das ruas mesmo que elas ainda estejam vazias a espera da “nova normalidade” que ainda está por vir.