Polícia Federal deflagrou a operação Yang contra lavagem de dinheiro obtido a partir de crimes financeiros praticados em Coreia do Sul e EUA
Nesta quarta-feira (13/9), a Operação Yang foi deflagrada pela Polícia Federal (PF) contra um grupo suspeito de lavagem de dinheiro no Distrito Federal e em outros oito estados. A investigação, iniciada em agosto de 2022, apura atos de lavagem de dinheiro que podem chegar a R$ 300 milhões, obtidos a partir de crimes financeiros praticados na Coreia do Sul, nos Estados Unidos, Brasil e outros países. Um total de 25 mandados de busca e apreensão e dois de prisão estão sendo cumpridos por 120 policiais federais em endereços do Distrito Federal, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo e Espírito Santo. Além disso, diversas medidas cautelares de prisão e ações de constrição patrimonial estão sendo executadas.
O esquema começou a ser desvendado a partir de informações compartilhadas por agências norte-americanas, que indicaram que uma empresa constituída por brasileiros poderia ter causado lesão financeira a cerca de 60 mil vítimas, com promessa de lucros incompatíveis com investimentos disponíveis no mercado, resultando em um ganho de aproximadamente US$ 62 milhões para o grupo criminoso. Após a captação de investimentos das vítimas, os valores eram desviados em favor dos investigados por meio de aplicação em carteiras de criptomoedas e de depósitos realizados em contas vinculadas e controladas pelos criminosos. Com a liquidação dos criptoativos em favor dos líderes da organização, os recursos passaram a ser empregados na aquisição de bens de alto padrão, veículos de luxo e, principalmente, na compra de imóveis, especialmente em Brasília (DF), Goiânia (GO) e Caldas Novas (GO).
Veja como funcionava o esquema:
Foi determinado o bloqueio de até R$ 300 milhões mantidos em contas bancárias vinculadas aos envolvidos e o sequestro de 52 imóveis, visando à descapitalização do grupo criminoso e à investigação de outros crimes cometidos.