Investigação revela envio de mais de 300 declarações falsas com óbitos inexistentes
A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira (3) a Operação Conexão Fatal, com o objetivo de desarticular um esquema de fraudes contra os sistemas da Receita Federal do Brasil. A ação contou com o apoio da Receita e investiga a inserção indevida de informações falsas em declarações fiscais, com foco na Declaração Final de Espólio (DFE).
De acordo com as investigações, mais de 300 declarações foram enviadas de forma irregular, promovendo a alteração do status de contribuintes para “Titular Falecido”, mesmo sem o conhecimento dos envolvidos. Em muitos casos, os óbitos eram totalmente inexistentes, e a manobra permitia o encerramento de CPFs de maneira fraudulenta — possivelmente como etapa para a prática de outros crimes financeiros e tributários.
A PF cumpriu dois mandados de busca e apreensão nas cidades de Recife (PE) e Itaperuna (RJ), com o objetivo de coletar provas que permitam identificar todos os responsáveis pela prática criminosa. Os investigados poderão responder por crimes como falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas informatizados da administração pública e associação criminosa.
A Receita Federal destacou que operações como essa são parte de um esforço contínuo para preservar a integridade dos dados cadastrais e proteger o sistema fiscal brasileiro. Além do envio irregular de DFEs, outras fraudes vêm sendo monitoradas, como a emissão indevida de CPFs, declarações falsas do Imposto de Renda e simulações de compensações tributárias.
A investigação segue em andamento, e novos desdobramentos não estão descartados. A PF não divulgou os nomes dos investigados.
Com informações da Polícia Federal e da Receita Federal do Brasil.
