A deputada estadual Lucinha (PSD) foi alvo de buscas e apreensão por envolvimento com a milícia do Rio de Janeiro
A Polícia Federal apreendeu nesta segunda-feira, 18, cerca de 140 mil reais e duas pistolas na casa deputada estadual Lucinha (PSD, foto), alvo de buscas e apreensão por envolvimento com a milícia do Rio de Janeiro.
Segundo o jornal O Globo, a “madrinha” da milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, uma das mais violentas do Rio, presta depoimento na Superintendência da PF, acompanhada por uma advogada.
Na operação Batismo, a Justiça do Rio de Janeiro expediu oito mandados de busca e apreensão contra Lucinha. Ariane de Afonso Lima, uma de suas funcionárias, também é alvo da operação.
Entre os endereços investigados pela PF na operação estão o gabinete de Lucinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) e a casa dela, em Campo Grande.
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro também determinou o afastamento de Lucinha por tempo indeterminado e a proibiu de frequentar as sedes da Assembleia Legislativa do estado (Alerj).
Entenda
As investigações começaram em 2021, quando o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ) começou a apurar um assassinato atribuído a milicianos do Bonde do Zinho.
Com o avanço das investigações, quebras de sigilos telefônicos e telemáticos revelaram o envolvimento de Lucinha e Ariane com a cúpula da milícia de Zinho.
Segundo promotores e policiais, a deputada estadual é acusada de interferir na segurança pública do estado para promover a soltura de milicianos; articular mudanças no comando do batalhão da PM em Santa Cruz para favorecer a milícia; vazar informações sobre operações policiais; e atuar politicamente para favorecer o transporte público de vans sob comando da milícia de Zinho.
Por O Antagonista